Oi prevê investir R$7 bi em 2019 com foco em expansão de fibra
A Oi planeja investir anualmente 7 bilhões de reais até 2020, concentrando-se principalmente na expansão de seu serviço de banda larga de fibra de alta velocidade.
SÃO PAULO (Reuters) – A Oi planeja investir anualmente 7 bilhões de reais até 2020, concentrando-se principalmente na expansão de seu serviço de banda larga de fibra de alta velocidade (FTTH), disse o vice-presidente financeiro, Carlos Brandão, nesta terça-feira. “Nosso plano de investimentos é todo financiado no primeiro ano e temos até 7 bilhões de reais em ativos para serem monetizados no curto prazo”, disse Brandão a analistas.
Em 2018, a Oi fez investimentos de 6,1 bilhões de reais. “A empresa contratou o Bank of America Merrill Lynch para estudar e estruturar a venda de ativos não essenciais, como parte de uma revisão estratégica mais ampla que deve ser concluída até meados de junho”, acrescentou. Por ora, a aceleração da rede FTTH está no centro da estratégia da Oi. A empresa pode adicionar 250 mil residências por mês ao serviço de banda larga de alta velocidade neste ano. “Estamos investindo pesado para acelerar a expansão da fibra, pois será um importante fator de criação de valor no segmento B2B”, afirmou.
Oi como ativo estratégico
“Na telefonia móvel, a Oi espera reverter nos próximos trimestres a tendência de queda nas receitas, ajudada principalmente por resultados promissores no pós-pago, enquanto a automação e outras iniciativas digitais devem reduziras despesas operacionais”, acrescentou Brandão. Analistas do BTG Pactual disseram que, embora os resultados operacionais continuem a sofrer, os custos parecem sob controle e mantiveram recomendação de compra para as ações. “Esperamos ouvir notícias positivas sobre a frente regulatória (PLC 79) no curto prazo e continuar a ver a Oi como um ativo estratégico exclusivo para os players locais e estrangeiros”, escreveram os analistas em relatório.
Em junho de 2016, a Oi apresentou o pedido de recuperação judicial da América Latina para reestruturar uma dívida de aproximadamente 65 bilhões de reais, desencadeando uma batalha entre credores e acionistas.
(Por Gabriela Mello)