Número de investidores em criptomoedas se equipara ao de fundos, apontam Locomotiva e Binance

A adoção das criptomoedas no Brasil segue crescendo, conforme apontam diversos estudos e pesquisas de mercado. Recentemente, um levantamento conduzido pela Locomotiva a pedido da Binance revelou que 42% dos brasileiros que investem em ativos financeiros aplicam em criptoativos, a mesma porcentagem daqueles que optam por fundos de investimento.

Esses dados reforçam a relevância do mercado de criptomoedas, que vem ganhando cada vez mais espaço no portfólio do investidor nacional. Entre as principais razões para a popularização do investimento em criptomoedas, estão o potencial de alto retorno e a facilidade de acesso a plataformas de negociação.

A segurança oferecida pelas melhores carteiras de criptomoedas no Brasil assegura a integridade dos investimentos, que é uma preocupação recorrente desse mercado. Mas essa é apenas uma das razões para o aumento do número de investidores no país.

Os múltiplos tipos de investimentos no Brasil

De acordo com dados divulgados pela mesma pesquisa da Locomotiva e da Binance, poupança (66%), contas de pagamento ou de rendimento (55%) e títulos privados (50%) aparecem como as formas mais populares de investimento entre os entrevistados. Logo em seguida, surgem criptomoedas e fundos, ambas com 42%.

As ações na bolsa representam 41%, seguidas pela previdência privada e títulos públicos, que ocupam o patamar de 31%, e moeda estrangeira, com 25%. Um dado importante é que 55% dos investidores possuem até três tipos de investimento em seu portfólio, enquanto o restante (45%) mantém quatro ou mais tipos de ativos.

Metade dos investidores pesquisados tem até R$ 10 mil aplicados; 37% contam com montantes entre R$ 10 mil e R$ 100 mil; e 14% detêm acima de R$ 100 mil. E a popularidade das criptomoedas também se alinha à tendência de digitalização das finanças vista em todo o mundo.

Segundo dados da consultoria Triple-A, o Brasil já figura entre os maiores mercados do mundo em termos de adoção de ativos digitais, com estimativas de que 17,5% da população possua algum tipo de criptomoeda, isso são mais de 120 milhões de investidores cripto no país.

Perfil do investidor de criptomoedas e seus motivos para investir

Entre os que já investem em cripto no país, a pesquisa da Locomotiva e da Binance indica uma predominância do público masculino, com renda média acima de dez salários mínimos. Em relação ao nível de escolaridade, a maior parte concluiu o ensino médio, seguida por quem possui ensino fundamental.

No que diz respeito ao perfil de risco, 56% dos investidores em cripto se identificam como moderados, 33% como conservadores e 11% como arrojados. Essas autodeclarações refletem uma diversidade de posturas diante de um mercado conhecido pela volatilidade, mas que, ao mesmo tempo, oferece muitas oportunidades de valorização.

Boa parte desses investidores (66%) considera as criptomoedas uma forma interessante de diversificar a carteira. Além disso, 62% avaliam como seguras e confiáveis as plataformas cripto disponíveis no país. Um dado que chama a atenção é que, para mais da metade dos investidores, pelo menos 50% de seus investimentos totais estão em criptoativos, uma demonstração clara de confiança nesse segmento.

Por outro lado, ainda há uma grande parcela de pessoas que não investem em criptomoedas, apesar de conhecerem o assunto. Entre as justificativas mais mencionadas está o medo de sofrer fraudes (21%) e a falta de conhecimento sobre o tema (21%). Mesmo assim, o levantamento mostra que 69% desses indivíduos dizem considerar a possibilidade de começar a investir em cripto no futuro próximo.
Essa hesitação sugere que há espaço para uma ampliação da base de investidores, conforme a confiança nas plataformas e educação financeira avançam. Sendo assim, iniciativas de capacitação e esclarecimento sobre criptomoedas têm sido cada vez mais necessárias, especialmente para lidar com temas como segurança, volatilidade e regulamentação.

A expansão das criptomoedas no Brasil não se dá apenas pela atratividade dos ativos, mas também pela necessidade de maior entendimento sobre como funcionam essas operações. Conforme especialistas, a desinformação pode levar tanto a decisões impulsivas quanto à desconfiança excessiva, comprometendo o crescimento do mercado.

Esse aspecto torna ainda mais relevante as discussões regulatórias em curso. A adoção de legislações que forneçam um ambiente seguro para as negociações é fundamental para proteger o investidor e inibir práticas fraudulentas. Além disso, a regulação pode oferecer maior transparência às empresas que fornecem serviços de exchange e custódia de criptos.

O Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm feito movimentos importantes para entender e regulamentar as operações envolvendo ativos digitais, buscando equilibrar inovação e proteção do mercado.

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