Facebook processa União Europeia por invadir a privacidade de seus funcionários
A empresa de Mark Zuckerberg levou a UE à corte em meio a um embate que envolve privacidade e políticas antitruste. Até o momento, o Facebook alega ter colaborado com as investigações. No entanto, a empresa teme entregar dados sensíveis e privados de seus funcionários.
Na segunda feira (26), em uma reviravolta interessante o Facebook processa União Europeia por possível invasão da privacidade de seus funcionários. As informações são do Financial Times.
Nos últimos anos, o Facebook vem se envolvendo em diversos escândalos antitruste e também por venda e vazamento de dados. Agora, a empresa de Mark Zuckerberg reagiu contra uma investigação da União Europeia sobre suas práticas, levando-a a tribunal por questões de privacidade.
Duas investigações estão sendo realizadas contra o Facebook para descobrir se, de fato, a empresa infringe as leis da concorrência. Para coletar informações, a Comissão Européia exigiu documentos internos do Facebook, que incluem 2.500 frases-chave específicas.
Do outro lado da polêmica, o Facebook afirma que isso significa entregar dados não relacionados, mas altamente sensíveis. Já a UE diz que defenderá o caso em tribunal, e sua investigação sobre a potencial conduta anticompetitiva do Facebook está em andamento.
A gigante das mídias sociais interpôs recurso nos tribunais da UE, argumentando contra a amplitude dos pedidos de documentos.
Facebook processa União Europeia em meio à acusações antitruste
Segundo a BBC, o advogado de concorrência do Facebook, Tim Lamb, afirmou que a empresa está cooperando com a investigação e espera oferecer centenas de milhares de documentos solicitados.
“A natureza excepcionalmente ampla das solicitações da comissão significa que deveríamos entregar documentos predominantemente irrelevantes que nada têm a ver com as investigações da comissão”, explica Lamb. O advogado ainda afirma que isso inclui dados pessoais e altamente sensíveis “como informações médicas, documentos financeiros pessoais e informações privadas sobre familiares de funcionários “.
Em meio à polêmica, um porta-voz do Facebook enfatizou que a empresa não está tentando segurar a investigação. Pelo contrário, ele afirma que que a empresa tem sido muito solícita com informações até agora.
Em sua defesa, o Facebook ainda diz que ofereceu aos investigadores da comissão a chance de visualizar documentos confidenciais, mas não relacionados. Eles deveriam ser acessados em uma sala de visualização segura, onde nenhuma cópia poderia ser feita. A oferta, no entanto, foi recusada.