Cidadania europeia: por que o ex-CEO do Google foi atrás?
Ex-CEO do Google, o bilionário Eric Schmidt, obteve cidadania da República do Chipre, país membro da comunidade europeia
A cidadania europeia do ex-CEO do Google foi obtida através da República do Chipre. Desse modo, o bilionário norte-americano e sua família foram aprovados no programa da ilha, que faz parte da União Europeia.
Esta modalidade, agora extinta, exigia investimentos acima de R$ 10,8 milhões de Reais na República do Chipre. Além do benefício tributário, o passaporte dá direito a acesso irrestrito à Europa.
Quem é Eric Schmidt?
Nascido em Virginia, EUA, Eric tem 65 anos, e ocupou o cargo de CEO do Google entre 2001 e 2011. Posteriormente, foi presidente do conselho até 2017, e seguiu os próximos 3 anos como assessor técnico.
Em suma, trabalhou duas décadas na gigante de tecnologia, onde construiu uma fortuna que ultrapassa os 15 bilhões de Dólares. Assim sendo, tornou-se uma das 100 pessoas mais ricas do mundo. Ou seja, não é de se estranhar que tenha soliciado uma cidadania europeia em busca de mais flexibilidade.
Sua carreira efetiva na área de softwares iniciou em 1983 na Sun Microsystems. Eric se tornou o primeiro gerente na área, e posteriormente foi promovido a Diretor de Software. Em seguida, ocupou os cargos de Diretor-Geral, e posteriormente de Presidente da Sun Technology. Não obstante, teve uma passagem de 4 anos pela empresa Novell, onde foi CEO e presidente do conselho.
Os fundadores da Google ficaram impressionados com seu currículo. Em vista disso, decidiram contratá-lo em março de 2001.
Quanto ganhava o CEO do Google?
Seu salário no início era de “apenas” 250 mil dólares por ano no início. No entanto, recebeu também mais de 14 milhões de ações. Assim sendo, mesmo que não tivesse salário algum, estas ações hoje teriam valor de mercado superior a 25 bilhões de dólares.
Estes bilionários muitas vezes abdicam da cidadania norte-americana, ou buscam a cidadania europeia em troca de benefícios fiscais.
Calma! Antes que você pense que poderia ter ficado bilionário facilmente, esta transação ocorreu três anos antes da abertura de capital, o IPO da empresa. Com a valorização das ações após 2004, Eric concordou em zerar seu salário.
Acredite se quiser, o CEO recebia apenas um adicional de custo para cobrir gastos com segurança, além da manutenção em sua aeronave. Ao final de seu mandato em 2011, Eric recebeu uma bonificação de 100 milhões de dólares pelo trabalho.
Sua influência no mercado de tecnologia era tal, que foi convidado pela Apple para atuar no Conselho Deliberativo entre 2006 e 2009. Mais recentemente, em 2016, Eric iniciou um trabalho como assessor do Departamento de Defesa do governo.
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Que países oferecem cidadania europeia?
Em primeiro lugar, todas as pessoas nascidas nos países membros da União Europeia possuem tal cidadania. Além dos países mais conhecidos da Europa ocidental, temos a Croácia, Bulgária, República Checa, Estônia, Letônia, Luxemburgo, Malta, Romênia, Eslováquia e Eslovênia.
Até meados de 2021, a cidadania do Reino Unido ainda é reconhecida na União Europeia. Existem outros três países cujo passaporte faz parte da Zona do Euro, embora tenham suas próprias moedas. São eles: Islândia, Noruega e Liechtenstein.
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Quais as vantagens da cidadania europeia?
Primeiramente, é possível morar, trabalhar, viver e se aposentar em qualquer país-membro, sem restrições. Em seguida, é possível transferir a cidadania europeia para seus descendentes.
Além disso, alguns países oferecem ensino gratuito, enquanto outros oferecem subsídios nos custos. Do mesmo modo, é possível utilizar planos de saúde de outros países-membros. Similarmente, algumas pessoas registram domicílio em outra região em busca de uma menor tributação.
Outros benefícios incluem, por exemplo, subsídios para abertura de empresas, financiamentos imobiliários e empréstimos.
É possível comprar uma cidadania?
O programa oferecido pela República do Chipre foi extinto após uma investigação ter mostrado que mesmo pessoas com histórico criminal obtiveram sucesso. Cerca de 4.000 destes passaportes foram vendidos para milionários russos e árabes.
No entanto, há informações sobre programas similares na Bulgária, além da Ilha de Malta. No caso da Bulgária, são necessários dois anos de residência permanente, antes de aplicar o requerimento da cidadania. Ainda por cima, deve-se investir ao menos 1 milhão de Euros na região para se obter a cidadania europeia.
Aos interessados pelo programa oferecido por Malta, não é necessário morar no país. No entanto, é preciso fazer uma doação de 650 mil Euros ao Fundo Nacional de Desenvolvimento. Além disso, o investidor deve alugar por cinco anos ou comprar um imóvel na região. O processo leva pouco mais de um ano, e também envolve a compra de 150 mil Euros em títulos públicos.