Aprenda como investir na bolsa americana de modo simplificado
Alternativas como BDRs e ETFs auxiliam quem quer diversificar a carteira desta forma
Não é preciso necessariamente abrir conta em uma corretora nos Estados Unidos para investir na Bolsa americana, especialmente com as novas regras da CVM que ampliam o acesso a todos os investidores.
Você já pensou em investir em empresas como Apple ou Amazon? Pois saiba que mesmo estando no Brasil isso é possível. Vamos te mostrar de algumas maneiras que pode ser mais fácil do que você pensa diversificar a carteira e investir na Bolsa americana, ainda que seja de forma indireta.
Aprenda a investir na Bolsa americana através de BDRs
A primeira opção para investir na Bolsa americana são os BDRs, ou Brasilian Depositary Receipts. Os títulos representam vínculo, como ações ou dívidas, das respectivas empresas americanas. Você pode negociá-los na Bolsa brasileira.
Entenda que com BDRs você não investe diretamente nas ações da empresa. Por isso também não recebe o mesmo valor de dividendos de alguém que investe diretamente nos papeis. Ainda assim, vai investir em suas representações ou certificados. Isso por si só já vale bastante.
É possível comprar BDRs em lotes ou frações através de um homebroker. Até agora, apenas investidores qualificados poderiam acessar essa forma de negociação, pois precisavam investir pelo menos R$ 1 milhão. Mas isso vai mudar e se tornar mais acessível a partir de 1º de setembro.
Novas regras facilitam investimento
Neste mês de agosto, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou novas regras que farão diferença no mercado. Agora os investidores de varejo também poderão investir em BDRs. Desse modo, possivelmente haverá mais ofertas de novos produtos aos pequenos investidores brasileiros também.
Ou seja, se você não tem R$ 1 milhão para investir e nem tem acesso a corretoras americanas para comprar as ações diretamente, poderá ter a chance de diversificar de outra forma. Basta aprender a investir na Bolsa americana por meio de BDRs.
“A nova regra é super importante e positiva para os investidores e para o mercado. Agora os pequenos investidores terão mais alternativas para diversificar suas carteiras.”, explica Cássio Bariani, CEO da SmartBrain, plataforma de controle e consolidação de investimentos.
Ele explica que, teoricamente, não fazia sentido limitar os BDRs aos investidores por critério de patrimônio investido. “O que é importante, de fato, é o conhecimento que cada investidor possui sobre o seu perfil de risco e sobre as características e a dinâmica deste tipo de ativo.”, opina.
Bariani também explica que a nova regra ajuda a desenvolver o mercado de capitais brasileiros. Agora os investidores, além de poderem investir na Bolsa americana através dos BDRs, também poderão investir em BDRs de empresas brasileiras que abriram capital no exterior, como foi o caso da XP Inc. e da Stone.
Também é importante mencionar que, com isso, há uma tendência de outras companhias abrirem capital fora do Brasil também. Ou seja, tende a ser um período de boas e novas oportunidades para os investidores em geral. Se você quer diversificar desta forma, aproveite.
ETFs também são maneira de investir na Bolsa americana
Agora que você sabe como funciona investir na Bolsa americana através de BDRs, vamos falar sobre outra alternativa: os ETFs. Esta é a sigla para Exchange Traded Fund, um fundo que replica um índice, seja ele brasileiro ou estrangeiro. No Brasil existem cerca de 20, enquanto nos Estados Unidos, eles são mais de 3 mil.
No exterior, onde este tipo de investimento é mais comum, é possível encontrar ETFs diferenciados, como de crédito privado, títulos públicos e de diferentes setores. O investimento em ETFs permite que o investidor se exponha a diferentes mercados e setores para carteiras diversificadas a um baixo custo.
As novas regras da CVM referentes aos BDRs também possibilitam a abertura de uma listagem maior de ETFs por aqui, já que a idéia é que os gestores poderão trazê-los a custos menores no lugar de ter que abrir um ETF local. E o melhor de tudo é que os investidores do varejo também poderão acessá-los.
É possível investir na Bolsa americana através de corretoras dos EUA
Finalmente, uma alternativa para quem quer diversificar a carteira seria aprender a investir na Bolsa americana através de corretoras dos Estados Unidos, ainda que nem todas as instituições de lá aceitem estrangeiros. O investidor precisa pesquisar. Ou seja, mais uma vez os investidores mais qualificados e com mais dinheiro para investir é que ganham.
Mas fique calmo. A boa notícia é que, com as novas regras que a CVM anunciou, o investidor de varejo não dependerá mais dessa alternativa. Ele, inclusive, ganha espaço no mercado e pode diversificar sem tanto capital.
Como dissemos, a partir de setembro será possível investir na Bolsa americana através de outras possibilidades devido ao acesso menos limitado aos BDRs e à entrada de possíveis novos ETFs no mercado.
Com isso, boa parte dos investidores não terá mais necessidade de abrir conta fora do país. Por outro lado, as oportunidade de trazer investimentos diferenciados à carteira crescem. Fique de olho nas mudanças e aproveite!