Tesouro Direto ou CDB: qual é o campeão da renda fixa?
CDB e Tesouro Direto são excelentes investimentos em termos de segurança, porém, não são as opções mais rentáveis na Renda Fixa.
Estamos falando de Fundos de Inflação, Certificados de Recebíveis, e Cotas de Consórcio. Acompanhe conosco como ganhar dinheiro com baixo risco.
Se você está na dúvida entre CDB ou Tesouro Direto, saiba que ambos são investimentos de baixíssimo risco. O Certificado de Depósito Bancário (CDB) equivale a emprestar dinheiro para o banco. Já o detentor de um Título do Tesouro Direto está financiando diretamente o governo. Pode parecer curioso, mas a Dívida Pública interna (DPMFi) do Brasil é de R$ 4 trilhões.
Cabe lembrar que existem investimentos em Renda Fixa pré-fixados, ou seja, com uma taxa que não será alterada ao longo do contrato, e os investimentos pós-fixados. Neste segundo caso, o retorno só será conhecido ao término do prazo estabelecido, e usualmente está atrelado a algum indicador.
Qual o melhor investimento de Renda Fixa?
É importante entender que aplicações de prazo mais curto tendem a rentabilizar menos. Quanto mais tempo o valor fica preso no investimento, maior será o percentual de retorno.
Outro fator importante é que Títulos emitidos pelo governo têm menor risco, portanto usualmente oferecem menores retornos. Um bom exemplo de Títulos emitidos por entidades privadas são os Token de Consórcio oferecidos pelo Mercado Bitcoin Digital Assets (MBDA), ou então o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), usualmente emitidos por shoppings ou construtoras.
Fonte: Tesouro Direto, XP Investimentos, e DCI
Deste modo, é preciso deixar claro que a escolha do melhor investimento em Renda Fixa depende da disposição de risco e horizonte de prazo do investidor.
Quem detêm estes Títulos do Tesouro Direto?
Conforme mencionamos, o Brasil é um grande devedor no mercado doméstico. Isto é normal e saudável, especialmente quando se trata de dívida de longo prazo. Os compradores destes Títulos são os bancos e instituições financeiras, os fundos de investimento, estrangeiros, pessoas físicas, além dos fundos de aposentadoria e previdência.
Detentores da Dívida Federal Interna. Fonte: AgênciaBrasil & DCI
Nesse mesmo contexto, as grandes empresas emitem dívida, mesmo as queridinhas e listadas na Bolsa de Valores B3, como por exemplo, Magazine Luiza (MGLU3), Weg (WEGE3), e Via Varejo (VVAR3). O pagamento de juros da dívida pode ser abatido do Imposto de Renda por estas empresas, e essa é uma das razões para utilização deste instrumento.
Quem define a taxa de juros?
Exite uma taxa básica de juros, definida por um Comitê governamental, que remunera os depósitos dos bancos. As instituições financeiras são obrigadas a deixar um valor parado como garantia para suas operações. Esta taxa é conhecida como Selic, e é um dos principais mecanismos dos Bancos Centrais na tentativa de controle da inflação e emprego.
Esta taxa básica de juros acaba de atingir seu menor patmar na história, em 2% ao ano. Para efeito de comparação, no mesmo período em 2019, a taxa Selic encontrava-se em 5% ao ano. Em linhas gerais, isso significa que a rentabilidade bruta das aplicações de Renda Fixa caiu 60% em um ano.
Como investir no Tesouro Direto?
O primeiro passo para investir no Tesouro Direto, estes Títulos da Dívida Pública, é realizar o cadastro em um banco ou corretora habilitada. Para facilitar, o próprio site oficial do Tesouro Direto oferece uma lista, que pode ser acessada clicando aqui.
De qualquer forma, pode-se utilizar a mesma conta nas corretoras habilitadas para negociação na B3, dentre elas, XP Investimentos, Modal, Easynvest, e BTG Pactual.
Em seguida, é necessário realizar uma transferência de sua conta bancária para sua conta na instituição cadastrada para operações no Tesouro Direto. A aplicação pode ser realizada pelo site/aplicativo desta instituição intermediárias.
No entanto, se preferir, é possível acompanhar estas solicitações de aplicação e resgate pelo aplicativo oficial do Tesouro Direto, disponível para Android e iOS. Outra novidade é que a taxa de custódia (guarda, ou depósito) para este tipo de aplicação no valor de até R$ 10.000 foi zerada.
Quanto rende o Tesouro Direto?
Primeiramente, é preciso saber se você está disposto a manter o investimento até seu respectivo vencimento. Existem títulos do Tesouro Direto com vencimento em três anos, cinco anos, e outros até mais longos.
Neste caso, a rentabilidade só é garantida para a permanência até o final do contrato. Estes títulos negociados no mercado secundário, ou seja, que já circulavam, apresentam variações diárias na cotação. Isto irá variar conforme oferta e demanda dos investidores em cada momento.
Deve-se considerar que a alíquota de imposto é menor para aplicações mais longas. Uma aplicação de até 180 dias irá pagar um tributo sobre os ganhos de 22,5%, enquanto na mesma aplicação mantida por 361 dias é reduzido para 17,5%.
Neste sentido, uma aplicação de R$ 1.000 (mil Reais) hoje no Tesouro IPCA 2026 irá retornar R$ 1.309 (mil trezentos e nove Reais) no vencimento, em 15/Ago/2026. Assim, esta taxa equivale a 4,6% ao ano, sendo possível simular tal aplicação no próprio site do Tesouro Direto.
CDB é um bom investimento?
A vantagem do CDB, além da facilidade de investir utilizando o mesmo site ou aplicativo do banco, é a segurança por conta do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Desta forma, seu investimento fica coberto até o valor de R$ 250 mil por CPF/CNPJ em cada conglomerado financeiro.
Com a queda da taxa Selic, que serve de referencial para todos os investimentos em Renda Fixa, o CDB deixou de ser rentável. Isto se dá por conta da inflação, que é a perda do poder de compra.
Desta forma, quem deixou uma nota de R$ 100 parada na gaveta nos últimos 5 anos, sofreu com uma inflação de 24%, medida pelo principal indicador, o IPCA. Seria o equivalente a ter guardado apenas R$ 80, já que o preço da cesta de produtos (alimentos, transporte, saúde, moradia e educação) subiu.
Como ganhar mais que o Tesouro Direto?
Não existe milagre. Para se obter um retorno um pouco mais alto que o Tesouro Direto ou CDB é necessário buscar investimentos que sejam levemente mais arriscados. Estas aplicações não apresentam a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, e usualmente apresentam o risco de atraso no pagamento.
Dentre estes investimentos oferecidos por bancos e distribuidoras tradicionais, podemos citar as debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas, além dos Fundos de Inflação, e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC).
No entanto, dentre as opções de investimentos alternativos, destacam-se as Cotas de Consórcio. O Mercado Bitcoin Digital Assets (MBDA), unidade do Mercado Bitcoin que intermedia criptoativos lastreados em ativos reais, lançou recentemente sua segunda oferta desta classe de investimentos.
Com retorno esperado de 8,9% anualizado, estamos falando de 4 vezes mais que a Renda Fixa tradicional. Óbvio, todo investimento possui um grau diferente de risco, por isso recomendo um estudo antes de qualquer aporte. De qualquer maneira, certamente é um investimento mais seguro que fundos imobiliários, ou ações de empresa pagadoras de dividendos.
Não entende nada de token e ativo digital? Então recomendamos assistir o vídeo abaixo da @Usecripto