Apesar das quedas, 76% dos investidores de bitcoin estão no lucro

É o que aponta pesquisa da Glassnode, ferramenta de análise de blockchain, divulgada nesta semana

O resultado de uma pesquisa da ferramenta de análise de blockchain Glassnode mostra que, ainda que o bitcoin tenha sofrido um forte revés nas últimas semanas, pelo menos 76% dos investidores da criptomoeda ainda contam com lucros. O documento, divulgado nesta semana, revela que, antes da queda dos preços do bitcoin, mais de 90% dos investidores tinham lucro. Mas isso antes de a criptomoeda, que atingiu sua máxima histórica acima de US$ 64 mil, registrar uma queda que a levou a ser negociada por menos da metade, em torno de até US$ 31 mil. 

Apresentando uma ainda tímida recuperação, a criptomoeda foi negociada em torno de US$ 39,7 mil, segundo dados do CoinGecko, no início desta quinta-feira, 27. E analistas avaliam que superar e manter-se acima dos US$ 42 mil seria um indicativo de recuperação segura.

Bitcoin

A Glassnode apontou que o movimento negativo dos criptoativos foi gerado por um “banho de FUD”, sigla que se refere a “Medo, Incerteza e Dúvida”, por conta de fatores como as notícias de medidas restritivas ou proibindo mineração e negociação de criptomoedas na China, por exemplo. 

Segundo o relatório da Glassnode, o bitcoin caiu de US$ 59.463 mil para US$ 31.327 em duas semanas, um recuo de US$ 28.136 que, em números absolutos, se tornou o pior da história da criptomoeda, superando quedas como as de janeiro, fevereiro e novembro de 2018, e também de março de 2020. 

De acordo com a ferramenta de análises, são três tipos de investidores na ponta vendedora de Bitcoin: os que adquiriram a criptomoeda nos últimos quatro meses, em média, e se encontram com prejuízo; os que obtiveram lucros e realizam ganhos, por ter adquirido a criptomoeda quando o valor dela era ainda menor; e mineradores, que precisam vender seus Bitcoins para cobrir os custos ou por conta das regulações na China.

“Não há dúvida de que uma grande parte das vendas recentes foi impulsionada por detentores de curto prazo, aqueles que possuem moedas compradas nos últimos 6 meses”, afirmou a Glassnode, apontando que o “susto” no investidor novato o levou a vender suas criptomoedas tentando evitar um prejuízo maior. 

Em contrapartida, investidores mais antigos, que compraram criptoativos entre um e três anos, não entraram em pânico e, ao não negociar de forma desesperada suas criptomoedas, colaboraram para evitar uma queda maior.

“Os detentores de moedas com idades entre 1 e 3 anos estavam, na verdade, vendendo seus ativos muito mais cedo, provavelmente girando o capital para capturar o desempenho acima do preço do Ethereum na época”, explicou a Glassnode.  Nos preços desta quarta, o Bitcoin acumula alta de cerca de 34% em 2021, enquanto o Ethereum teve valorização de 283%.

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