Empresas brasileiras se unem para lançar criptomoeda com foco na reciclagem

Companhias como a Natura, Henkel, Basf e Braskem anunciaram a criação da Fundação Espaço Eco, que coordenará uso de blockchain para certificar as cadeias de fornecimento de materiais

Grandes empresas como Natura, Henkel, Basf e Braskem anunciaram, nesta sexta, 29, a criação da Fundação Espaço Eco, que tem, entre outros objetivos, coordenar o uso de blockchain para certificar as cadeias de fornecimento de materiais de reciclagem.

Formada pelo consórcio de empresas, tem como parceiro o Instituto Recicleiros, ONG responsável por ajudar prefeituras na coleta seletiva.

Embora a maioria das empresas do consórcio seja do setor químico, há também representantes como a Natura, especializada em cosméticos e com uma política bastante atuante em pautas sobre sustentabilidade; a Bomix, de embalagens; a Triciclos, do setor de resíduos; e a Wise, de pagamentos eletrônicos.

A criptomoeda digital emitida em blockchain vai recompensar os usuários pela produção de material reciclável e já tem nome: reciChain.

Segundo o gerente de operações da Espaço Eco, Rafael Viñas, a iniciativa foi da Basf, mas a empresa entendeu que “era necessário criar um consórcio de empresas”, o que vai aumentar o alcance e dar maior proporção.

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Blockchain incentivando a reciclagem

O consórcio vai usar blockchain para “emitir tokens para atestar a veracidade das informações, a qualidade e condições de origem dos materiais reciclados e garantir que embalagens e outros produtos recicláveis não sejam enviados a aterros ou lixões”.

Para tanto, as empresas participantes serão obrigadas a assumir o compromisso público de reduzir o descarte, assim como já faz a Natura. Ainda segundo Viñas, os tokens vão remunerar toda a cadeia de reciclagem.

“O que nós estamos fazendo é estruturar a cadeia do pós-consumo. Vai funcionar como um negócio de impacto. Resolve um problema, mas também gera negócios. O token, ou essa moeda virtual, poderá circular entre os investidores”, disse ele.

A categoria de catadores de material reciclável também vai ganhar uma organização formal, que vai permitir que as empresas se conectem a certifiquem, inclusive, os profissionais que fazem esse trabalho informalmente.

A expectativa é de que os testes com usuários da plataforma tenham início ainda neste mês, com o mercado sendo aberto no segundo semestre deste ano.

A iniciativa do consórcio de usar tecnologia blockchain para a cadeia de reciclagem acompanha o que já é realizado por algumas empresas no Brasil, como a Unilever, Ambev e AkzoNobel.

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