Compra de Bitcoin em exchange reduz custo para investidor
Além da taxa menor, especialistas apontam a liquidez maior em relação ao ETF e fundos de criptomoedas como vantagem
A chegada do primeiro ETF de criptomoedas à B3 (em breve também será lançado um ETF de Bitcoin, o QBTC11) vai trazer mais uma opção para investidores em criptoativos no Brasil. Contudo, especialistas ouvidos pelo DCI apontam que comprar Bitcoin e criptomoedas direto em exchanges pode ser mais vantajoso do que investir em um ETF ou fundo, que além de terem taxas mais altas ainda fixam um prazo de até cinco dias para o investidor ter acesso aos recursos.
Outro ponto levantado é com relação à tributação, 15% para os ETFs. As criptomoedas têm isenção de imposto de até R$ 35 mil por mês em vendas. No caso do prazo para retirada, em exchanges ele é imediato. Já para fundos e ETFs é de pelo menos dois dias. Também há uma taxa de administração de 1,3% para ETF, que varia para os fundos de investimento que também cobram taxa de performance. Além de não oferecera possibilidade de transações, como transferências, no caso de ETFs.
Ao contrário dos fundos, que só permitem investimentos em dias úteis, nas exchanges o investidor pode operar a qualquer momento, mesmo aos finais de semana. Esses são alguns exemplos das vantagens de se optar pelo investimento direto em criptoativos, mais atraente, ao invés dos ETFs que chegam ao mercado.
Guto Antunes, diretor de mesa de operações do Mercado Bitcoin, explica que aplicar diretamente traz alguns benefícios como autonomia para escolher a criptomoeda para investir, menores taxas, possibilidade de operar a qualquer hora (fundos só permitem investimento em dias úteis), além da agilidade no resgate, que é instantâneo com as exchanges.
Alternativa ao Bitcoin
Para o professor associado e pesquisador da FGV-EAESP, Alan De Genaro ETFs e Fundos são alternativas, mas é preciso saber o que se está comprando. “O cliente pode optar por uma ou outra via, mas ele precisa saber a verdade do que está comprando”, aponta o professor, que tem graduação em Ciências Econômicas, é mestre em Economia, doutor em Estatística e com Pós-Doutorado em matemática aplicada pelo Courant Institute of Mathematical Sciences – New York University.
Segundo ele, o investidor precisa estar informado sobre o resultado de cada escolha feita, em termos de custo e liquidez,
“As maiores Exchanges no Brasil possuem elevada liquidez e volume, isso representa a possibilidade de assumir ou se desfazer de grandes posições com certa facilidade sem um elevado custo ao investidor”, argumentou.