Bitcoin volta a passar os US$ 60 mil, mas perde força e recua
Criptomoeda iniciou a manhã negociada a R$ 333 mil, com leve queda de 0,9%, e encerrou a R$ 336 mil, alta de 0,24%
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, iniciou a manhã desta segunda-feira, 05, sendo negociada a R$ 333 mil, com leve queda, de 0.9%
Contudo, ao longo do dia o Bitcoin recuperou seu valor e chegou a passar novamente de US$ 60 mil em algumas exchanges como Bitfinex, mas isso não impediu um novo avanço no preço do criptoativo, que foi perdendo força e recuando à tarde em US$ 58,819 (R$ 336 mil).
É a segunda semana de negociação lateral do Bitcoin, que tem seu preço negociado na marca dos US$ 55 a US$ 59 mil sem conseguir romper com força a marca de US$ 60 mil.
Apesar de noticias impactantes para a adoção do BTC, a dificuldade de romper a marca histórica pode indicar um ‘cansaço’ dos touros e uma possível correção do mercado.
Após ‘raspar’ a marca de US$ 60 mil o Bitcoin fechou o dia negociado a R$ 336 mil no Brasil, com leve alta, de 0,24%.
Os dados são da exchange Mercado Bitcoin e do portal Coinmarketcap.
Preço do Bitcoin
“O bitcoin continua perto de um patamar bastante relevante para o mercado: os US$ 60 mil, sem muita definição no momento”, disse Bruno Milanello, executivo na área de Investimentos do Mercado Bitcoin.
No entanto, segundo ele, o que mais chama a atenção em um dia mais morno como o de hoje é a queda na dominância do bitcoin se comparado ao total de capitalização de mercado do universo de criptoativos.
“Isso acontece devido a uma queda no preço do bitcoin e alta no preço das ALTs (para o mercado de cripto, alts são todas as moedas que não o bitcoin). Internamente, passada a rolagem do dólar, voltamos ao curso normal: instabilidade política e dificuldades relacionadas à pandemia. Com isso o câmbio subiu em mais de 1%, compensando, de certa forma, a queda do preço do bitcoin em dólar.”, disse.
O que é e para o que serve
O Bitcoin é uma moeda digital que funciona de forma independente, sem uma entidade central. Uma das tecnologias por trás do Bitcoin é o blockchain, banco de dados distribuído nos computadores que participam da rede. Como o sistema é descentralizado e não é controlado por ninguém, não há como censurar ou reverter transações, ao contrário do sistema financeiro tradicional.
Assim como qualquer outro ativo, incluindo ouro, ações de empresa, ou imóveis, o Bitcoim tem seu valor ditado exclusivamente pela oferta e demanda do mercado. Dessa maneira, é impossível prever como estará esse equilíbrio ao longo do tempo.
Ao contrário do mercado de renda fixa, onde há uma previsibilidade de retornos, nas moedas, commodities, e renda variável, a flutuação da cotação é livre. Isso significa que a expectativa de valorização depende do número de interessados, ou seja, a adoção do Bitcoin como reserva financeira, ou meio de transação.
Nesse sentido, existem diversas teorias que ditam o potencial de valor das criptomoedas. Algumas falam que a escassez, medida pela quantidade anual emitida frente ao estoque disponível é que determina o valor justo. Enquanto isso, há quem diga que o custo de mineração deve servir como base para a precificação.
Uma das dúvidas mais comuns dos investidores iniciantes nesse mercado é como transformar novamente o Bitcoin em reais, de forma a sacar para a conta bancária. Primeiro, é importante lembrar que nas criptomoedas os usuários são livres para negociar entre si.
Buscando reduzir riscos, surgiu a figura das exchanges, que funcionam de maneira semelhante às corretoras tradicionais. Ou seja, asseguram que comprador e vendedor recebam o que foi combinado.
No Brasil, a ABCripto, Associação Brasileira de Criptoeconomia, reúne as principais exchanges do setor no país: Mercado Bitcoin, Foxbit, Novadax e BitBlue, todas em conformidade com as leis e regulamentos do país.
Quanto vale
O Bitcoin inaugurou uma nova era na economia global, trazendo um novo paradigma tecnológico que vários empreendedores e desenvolvedores utilizaram e utilizam para criar projetos e modelos de negócio envolvendo a tecnologia na qual as criptomoedas são baseadas: o blockchain.
Até hoje, mais de 5 mil altcoins já foram lançadas, com os mais variados objetivos e tecnologias aplicadas.
Criptomoedas mais conhecidas
- Bitcoin
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