Após subir 11%, Bitcoin perde força e fecha o dia em queda
Alta-relâmpago da criptomoeda nesta quinta-feira registrou o maior retorno diário do bitcoin desde 8 de fevereiro
O preço do bitcoin subiu 11% registrando o maior retorno diário desde 8 de fevereiro. Mas a alta durou pouco. A criptomoeda não conseguiu manter o ritmo de subida apesar de registrar valorização na maior parte do dia. No final da tarde iniciou um movimento de baixa que terminou com a criptomoeda registrando perda de 1,2% em seu valor.
Nesta quinta-feira, 10, o estrategista do JPMorgan Nikolaos Panigirtzoglou escreveu uma nota que avaliou o retrocesso do bitcoin nas últimas semanas como uma dinâmica negativa para o preço da criptomoeda e que pode estar apontando para um mercado em baixa. O backwardation ocorre quando o valor de um ativo no varejo supera os preços negociados no mercado futuro. Assim, os traders capitalizam o backwardation vendendo a descoberto ao preço atual de mercado e comprando ao preço futuro mais baixo.
O JPMorgan citou o ano de 2018 como um exemplo de quando ocorreu o backwardation, quando o preço do bitcoin caiu 74%. A condição de backwardation é um desenvolvimento incomum, mas é um sinal de fraca demanda por bitcoin por parte de investidores institucionais.
O bitcoin subiu 11%, mas, apesar da recuperação de 25%, nada mudou materialmente para o preço do BTC. A defesa do nível de preço de US$ 30.000 em 8 de junho solidificou uma faixa de negociação. Desta forma, apenas um fechamento diário abaixo de US$ 30.000 ou um fechamento diário acima de US$ 43.331 irá liberar o BTC da volatilidade e da negociação lateral na faixa dos US$ 30 mil.
O que é Bitcoin e para o que serve
O bitcoin é uma moeda digital que funciona de forma independente, sem uma entidade central. Uma das tecnologias por trás do bitcoin é o blockchain, banco de dados distribuído nos computadores que participam da rede. Como o sistema é descentralizado e não é controlado, não há como censurar ou reverter transações, ao contrário do sistema financeiro tradicional.
Assim como qualquer outro ativo, incluindo ouro, ações de empresa ou imóveis, o bitcoin tem seu valor ditado exclusivamente pela oferta e demanda do mercado. Dessa maneira, é impossível prever como estará esse equilíbrio ao longo do tempo.
Ao contrário do mercado de renda fixa, onde há uma previsibilidade de retornos, nas moedas, commodities e renda variável, a flutuação da cotação é livre. Isso significa que a expectativa de valorização depende do número de interessados, ou seja, a adoção do bitcoin como reserva financeira ou meio de transação.
Nesse sentido, existem diversas teorias que indicam o potencial de valor das criptomoedas. Algumas falam que a escassez, medida pela quantidade anual emitida frente ao estoque disponível, é que determina o valor justo. Enquanto isso, há quem diga que o custo de mineração deve servir como base para a precificação.
Uma das dúvidas mais comuns dos investidores iniciantes nesse mercado é como transformar novamente o bitcoin em reais, de forma a sacar para a conta bancária. Primeiro, é importante lembrar que nas criptomoedas os usuários são livres para negociar entre si. Com o intuito de reduzir riscos surgiram as exchanges, que funcionam de maneira semelhante às corretoras tradicionais, assegurando que comprador e vendedor recebam o que foi combinado.
Para evitar golpes e riscos ao comprar bitcoin, deve-se ter cuidado ao escolher a exchange para compra e venda de bitcoin.
No Brasil, a ABCripto, Associação Brasileira de Criptoeconomia, reúne as principais exchanges do setor no país: Mercado Bitcoin, Foxbit, Novadax e BitBlue, todas em conformidade com as leis e regulamentos do país.
Qual o preço do Bitcoin
O bitcoin inaugurou uma nova era na economia global, trazendo um novo paradigma tecnológico que vários empreendedores e desenvolvedores utilizaram e utilizam para criar projetos e modelos de negócio envolvendo a tecnologia na qual as criptomoedas são baseadas: o blockchain.
Esses projetos são chamados de altcoins, em referência ao fato de serem moedas “alternativas”. Todas as moedas que não são o bitcoin são chamadas de altcoins. Até hoje, mais de 5 mil altcoins já foram lançadas, com os mais variados objetivos e tecnologias aplicadas.