Bitcoin cresce no Brasil e atrai investidores institucionais
Compra de Bitcoin por investidores institucionais cresce no Brasil e maior empresa do país anuncia a contratação de executivo do Banco Safra para atender esta nova demanda de clientes VIP
Antes considerado um projeto de ‘nerds’ e apenas um meio de pagamento para coisas ilícitas na chamada “deep web” a criptomoeda Bitcoin tem conquistado a atenção de governos e de grandes investidores em todos os países. Recentemente o homem mais rico do mundo, Elon Musk, anunciou que sua empresa, a Tesla, havia comprado US$ 1,5 bilhão em Bitcoin.
Especialistas no mercado de criptoativos apontam que este interesse institucional pelo Bitcoin tem sido o grande propulsor para o aumento no preço da criptomoeda que desde novembro de 2020 já subiu mais de 600% saindo de R$ 30 mil para mais de R$ 330 mil atualmente.
“O mercado tradicional tem muito a absorver do mercado de criptoativos”, disse ao DCI, Guto Antunes, responsável pelas negociações de balcão (OTC) da exchange Mercado Bitcoin.
Antunes destaca que esta demanda de investidores institucionais por criptomoedas também é latente no Brasil e foi justamente isso que o fez deixar o mercado tradicional, ela já atuou no banco Safra, para mergulhar de cabeça no universo dos criptoativos a frete do OTC do Mercado Bitcon.
Na OTC, nosso objetivo é conectar os investidores institucionais com o mercado de criptoativos, queremos desenvolver o mercado institucional dentro deste setor. Hoje, o mercado de criptoativos grita ‘vem’, e Wall Street responde ‘eu quero, mas não sei como fazer isso’. Queremos fazer essa ponte”, revelou.
Mercado Bitcoin
A exchange Mercado Bitcoin é uma das principais empresas de criptomoedas do Brasil, segundo o Cointrademonitor, que agrega as negociações em criptomoedas das empresas no país e, além de ser líder no segmento de varejo agora quer também ‘abocanhar’ esta nova demanda dos investidores institucionais.
O executivo destacou que a sinergia entre mercado tradicional e criptoativos é um caminho sem volta e que “Os dois mercados se ajudam”. Comandando o setor de OTC Antunes revelou que o MB deve anunciar em breve novos produtos em diferentes ‘universos’ dos criptoativos, desde tokenização de ativos a novas formas de negociação.
“Temos o mote de que ‘o universo é o limite’. O grupo começou como uma exchange e hoje tem várias frentes, tipos de clientes e soluções. Na frente de digital assets, temos uma meta agressiva. Queremos gerar produtos, democratizar o acesso desse novo perfil de investidor e ter plataformas seguras e atrativas. A tokenização é uma frente que certamente trabalharemos. Queremos dar liquidez aos ativos de difícil acesso e esta é uma das principais linhas que temos”, disse.
Outra contratação do MB foi Fábio Moraes, que dirigiu por mais de 10 anos o Instituto Febraban de Educação. Moares atuará à frente da Blockchain Academy, empresa de educação em criptomoedas recentemente comprada pelo MB.
“São quatro grandes frentes de atuação: profissionais do mercado, como desenvolvedores; investidores de varejo; PMEs [pequenas e médias empresas] e grandes investidores”, disse.
Moraes também afirmou que há mais semelhanças do que diferenças entre o setor tradicional e o setor de criptoativos e que o desafio é elucidar esses pontos em comum para o crescimento do mercado.