Bitcoin cai 37% em maio e registra o pior mês em cinco anos
Principal criptomoeda do mercado só registrou queda tão acentuada durante o bear market de 2018
O bitcoin registrou no mês de maio seu pior desempenho dos últimos cinco ao registrar mais de 37% de desvalorização. Dados do Coinmarketcap apontam que o criptoativo só teve uma queda de valor tão acentuada durante o bear market de 2018, quando o BTC recuou de sua máxima histórica de US$ 20 mil pra estacionar abaixo de US$ 3 mil.
As maiores baixas do bitcoin nos últimos cinco anos ocorreram em maio de 2021, com perda de 37% do valor; em novembro de 2018, quando caiu 36%; em março de 2018, recuo de 32%; em janeiro de 2018, desvalorização de 27%; e em março de 2020, quando passou a valer 25% menos.
O movimento negativo, no entanto, é visto sob diferentes óticas entre analistas do mercado de criptomoedas. O trader Alex Krüger mantém o otimismo apesar das quedas recentes. Já o JP Morgan avalia que o BTC ainda deve registrar novas quedas.
Bitcoin após perdas em maio
Segundo o JP Morgan, os fundos de bitcoin continuam a ter saídas e os fundos negociados em bolsa baseados em ouro continuam a ter entradas, sugerindo que a mudança do bitcoin e de volta ao ouro tradicional por investidores institucionais ainda está em andamento e isso teria ajudado a derrubar o preço num movimento que deve continuar.
“Não há dúvida de que a dinâmica de expansão e retração das últimas semanas representa um retrocesso para a adoção institucional de mercados de criptografia e, em particular, de bitcoin e ethereum”, de acordo com o relatório do analista do JPMorgan Nikolaos Panigirtzoglou.
Panigirtzoglou destaca também que o fracasso do bitcoin em quebrar acima de US$ 60K fez com que os sinais de momentum se tornassem mais pessimistas e induziu a mais desvios de posição com a venda de BTC, pelos institucionais, ao invés de compra. O analista vê o valor justo de médio prazo para o bitcoin na faixa de US $ 24.000 a US $ 36.000.
Já para Alex Krüger o momento é de compra e não de venda. Krüger avalia que o índice Crypto Fear & Greed Index que é baseado no sentimento do investidores de criptomoedas com base em redes sociais está apontando “medo extremo” o que, historicamente, significa um movimento de alta.
“A história mostra que o preço do bitcoin se comporta diferente do que sentem os investidores, assim quando eles tem medo, o preço do BTC sobe, no entanto, quanto eles estão extremamente otimistas, como ocorreu há duas semanas atrás, o preço cai”, disse.