Morre de Covid-19, Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da Bovespa
Magliano comandou a Bovespa por sete anos e foi responsável pelo movimento de democratização da Bolsa de Valores.
O ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa, Raymundo Magliano Filho foi mais uma vítima da Covid-19. Ele morreu na manhã desta segunda-feira (12) em São Paulo.
Magliano tinha 78 anos e estava internado há 50 dias no Hospital Albert Einstein. Ele sofria de asma e logo que contraiu a doença, precisou ser internado.
Trajetória de Magliano
O paulistano, Magliano Filho começou a trabalhar cedo juntamente com o pai no comando da corretora Magliano Investe, uma das empresas mais antigas a operar na bolsa.
Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Magliano, que foi ex-presidente da Bovespa entre 1997 a 200, assumiu a presidência de 2001 e 2008, quando ela se fundiu com a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) para formar a B3.
Em nota, a B3 disse que o Brasil perde hoje um dos pioneiros do mercado de capitais e uma das pessoas que mais incansavelmente ajudaram a transformar, inovar e nunca perder o espírito do aprendizado no investimento brasileiro. “Não há demonstração mais inequívoca do legado e do profundo reconhecimento que devemos ao dr. Magliano Filho do que o fato de a B3 ter hoje 3 milhões de investidores pessoas físicas chegando ao mercado de capitais. Ele plantou a semente da democratização e do acesso à bolsa e não há orgulho maior para nós do que ajudar a colher esses frutos”, disse o atual CEO da B3, Gilson Finkelsztain.
Enquanto estava à frente da Bolsa de Valores de SP, Magliano desenvolveu um programa para a popularização do mercado de capitais no país, chamado de ‘Bovespa Vai Até Você’. O programa, lançado em 2002, chegou a mais de 300 mil pessoas. Além de presidir a bolsa por sete anos, Magliano esteve à frente da Federação Ibero-Americana de Bolsas e foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) do Governo Lula.