Ibovespa engata seu quinto recorde seguido e atinge 130 mil pontos
Índice encerrou a sexta-feira em alta de 0,40%, ajudado por número menor de vagas de emprego criadas nos EUA
Em semana mais curta cortada por feriado, Ibovespa, após encerrar todos os dias em alta, fechou a sexta-feira, 4, com novo recorde atingindo 130 mil pontos. Após iniciar o dia em baixa, o mercado reagiu bem aos dados de emprego nos Estados Unidos. De acordo com indicador divulgado mais cedo, foram criados 559 mil empregos em maio, abaixo do esperado por analistas e economistas de 650 mil vagas.
Apesar de ficar abaixo das expectativas, o indicador deixou o mercado de bom humor. Embora a possibilidade de o Federal Reserve elevar os juros neste momento seja praticamente nula, os números menores de novos empregos é um sinal positivo para países com juros mais elevados e portanto atraentes para os investidores externos, caso do Brasil. Menos vagas de emprego reduzem as chances de o Fed elevar os juros tão cedo. O banco central americano tem olhado especialmente para a recuperação econômica e para a inflação.
Além disso, também movimenta o mercado as chamadas “ações-meme”, aqueles papéis que registram alta por conta de compras coordenadas em fóruns na internet. Depois da Game Stop, desta vez é a rede de cinemas AMC que entra no foco de investidores do Reddit. Apenas ontem, a rede de cinemas levantou US$ 587,4 milhões em capital.
Com isso, o Ibovespa fechou em alta de 0,40%, aos 130.125 pontos, e volume financeiro negociado de R$ 32,960 bilhões. Na semana, o Ibovespa fechou novamente no azul, com ganhos de 3,63% acumulados. Na outra ponta, o dólar acelerou as perdas da semana e fechou com queda de 0,95%, a R$ 5,035 na venda e R$ 5,036 na compra.
Ibovespa hoje, 4 de junho de 2021, quinto recorde
No Brasil, noticiário pouco movimentado. Há desconforto com matéria da revista The Economist, que colocou o País na capa ressaltando a gravidade da crise de saúde no Brasil, os problemas econômicos que surgiram e o papel negativo do governo de Jair Bolsonaro nessa crise.
A revista avalia a possibilidade de um segundo mandato de Bolsonaro, destacando que o País passou por problemas graves antes desta gestão, mas que mais quatro anos do mesmo poderiam devastar a Amazônia e causar prejuízos irreversíveis. Diz que Brasil estava doente e agora está em coma.
Também há ainda a preocupação com a possibilidade de “apagões” no segundo semestre por uma crise hídrica. Para especialistas, será difícil contornar o problema neste momento, já que alternativas de fornecimento de energia, como as termelétricas, deveriam ter sido acionadas ainda no começo deste ano.