Ibovespa fecha em leve alta após perdas durante o dia
Queda no preço de commodities como petróleo e minério de ferro impediram índice de surfar no otimismo de Wall Street
O Ibovespa fechou a quinta-feira, 20, em leve alta. Em um impacto direto na bolsa estão as quedas nos preços de commodities, principalmente petróleo e minério de ferro, que puxaram o Ibovespa para baixo ao longo do dia. No entanto, lá fora, Wall Street anima o mercado com variação positiva.
Os principais índices americanos conseguiram se recuperar após tensão de investidores. Na véspera, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) gerou apreensão após diretores banco central norte-americano sinalizarem com a possibilidade de antecipar a retirada dos estímulos econômicos com uma provável redução no ritmo de compras de títulos.
O que animou Wall Street, com reflexos no Ibovespa, foram os dados de emprego. O total de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 34 mil na semana encerrada em 15 de maio, a 444 mil, segundo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. O resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, de 452 mil solicitações.
Com isso, o Ibovespa fechou em leve alta, de 0,05%, aos 122.700 pontos, e volume financeiro negociado a R$ 27,828 bilhões. Enquanto isso, na outra ponta, o dólar tem queda. No fim do pregão, caiu 0,73%, cotado a R$ 5,277.
Ibovespa hoje, 20 de maio de 2021
No mercado doméstico, também noticiário misto. De um lado, investidores acompanharam o desenrolar do depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Depois de uma interrupção na véspera, o militar retornou ao Senado na manhã desta quinta-feira.
Novamente Pazuello ficou em linha com as expectativas de mercado. Protegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), assim como evitou responsabilizações sobre a falta de vacinas, ausência de programas de incentivo ao isolamento e incentivo ao uso da cloroquina. Mesmo quando desmentido, o ex-ministro manteve suas versões.
Por fim, influenciou o humor do mercado ao longo do dia a aprovação, com ampla maioria, da Medida Provisória (MP) que permitirá a capitalização da Eletrobras e que reduzirá a participação do governo na companhia dos atuais 61% para 45%, por meio da oferta de novas ações. A MP segue agora para o Senado, que tem até junho para aprovar.