Ibovespa fecha em alta, mas na semana encerra no vermelho
Em dia morno e sem grandes indicadores econômicos no mercado interno, bolsa acompanhou exterior
Depois de uma semana de altos e baixos, o Ibovespa fechou a sexta-feira, 14, em alta. O índice brasileiro foi puxado principalmente pelo bom humor externo, com investidores aproveitando as perdas ao longo da semana nos Estados Unidos para comprar ações. O relaxamento nas medidas de distanciamento social em grande parte do território norte-americano, até mesmo com liberação do uso de máscara, animou o mercado de empresas cíclicas.
Também um outro respiro para o mercado, encerrando uma tensão que se acumulou ao longo da semana. Apesar da alta de inflação nos EUA, o vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, afirmou que o desempenho ruim do índice de emprego nos Estados Unidos não vai afetar a política monetária da instituição. Com isso, ao contrário do que temiam investidores, política de juros e compras de títulos com viés expansionista devem se manter no País.
Com isso, o Ibovespa fechou em alta de 0,97%, a 121.880 pontos, com volume financeiro negociado ao longo do pregão de R$ 33,73 bilhões. A semana fechou no vermelho, por causa da forte queda na quarta-feira, com baixa de 0,13%. O dólar, na outra ponta, fechou o dia em queda de 0,8%, a R$ 5,271 na compra e também na venda.
Ibovespa hoje, 14 de maio de 2021
No cenário doméstico, marasmo no noticiário e pouca influência no Ibovespa. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid fez uma pausa após semana movimentada. Mas, no radar, os resultados da Petrobras do primeiro trimestre. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 1,17 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 48,52 bilhões do mesmo período de 2020.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado ficou na casa dos R$ 48,95 bilhões. É um avanço de 30,5% na comparação anual e de 4,1% na comparação trimestral. O resultado veio acima do esperado pelo mercado que, segundo dados da Refinitiv, indicou um Ebitda no período de R$ 46,88 bilhões.
Por fim, o Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão que deixa o mercado em alerta. Foi decidido que a exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins terá efeitos a partir de 15 de maio de 2017 e incidirá no imposto destacado pela nota. Assim, para analistas de mercado, a decisão favorece empresas e prejudica contas públicas.