Ibovespa fecha em alta de 0,83% seguindo mercado externo
Apesar de temor de investidores com alta da inflação nos EUA, otimismo ganhou espaço
Depois de abrirem o dia em queda, as bolsas americanas apontaram para cima ao longo desta quinta-feira, 13. Com isso, o Ibovespa manteve o bom humor matinal e fechou em alta de 0,83%, aos 120.705 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 34,29 bilhões. O dólar, na outra ponta, também apresentou ganhos de 0,15%, a R$ 5,313.
Um dos principais indicadores do dia, e que ajudou no bom humor no Ibovespa, é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 1,59% em março de 2021 na comparação com fevereiro. Apesar do recuo, é uma queda menor do que a esperada por analistas, de 3,40%.
Além disso, na política, o mercado acompanhou novos desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Nesta quinta, foi a vez do executivo da Pfizer ser ouvido pelos parlamentares. Carlos Murillo, ex-presidente da empresa, disse que ofereceu compra de vacinas em maio de 2020, mas sem respostas do governo.
Este é mais um revés para o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Na véspera, Fabio Wajngarten, atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações foi causado de se contradizer e mentir. Ele confirmou que o governo demorou para responder às ofertas da Pfizer para compra de vacinas contra covid-19.
Ibovespa hoje, 13 de maio de 2021
Apesar da alta no Ibovespa, a tensão externa continua. Investidores ainda reagem aos dados de inflação nos EUA. Seguindo a preocupação generalizada nos últimos dias, inclusive afetando o Ibovespa, a alta no indicador foi de 0,8% em abril frente a março, acima do esperado, de 0,2%. O que amplifica o temor em relação à políticas econômicas.
Enquanto isso, durante a manhã, foram divulgados os dados de inflação ao produtor nos EUA (PPI). Foi apontada uma alta de 0,6% em abril. Ficou acima da projeção de analistas, de acordo com a FactSet, que esperavam um avanço de 0,3%. Enquanto isso, no acumulado de 12 meses, a diferença foi maior: alta de 6,2%, contra expectativa de 3,8%.
Por fim, também foi divulgado o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Segundo o Departamento do Trabalho, caiu 34 mil na semana encerrada em 8 de maio, a 473 mil. Ficou abaixo da expectativa de economistas e analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que cravavam um total de 500 mil pedidos.