Ibovespa sobe 0,34% influenciado por otimismo externo
Mercado ainda reflete os dados positivos das vendas nos EUA, de ontem, e adicionou o crescimento da economia chinesa, hoje
O Ibovespa fechou esta sexta-feira, 16, com leve alta, de 0,34%, aos 121.113 pontos e volume financeiro de R$ 29,811 bilhões. Com isso, o mercado fecha no azul na terceira semana consecutiva de valorização, com ganho de 2,93%. Boa parte desse ganho veio de fora. O mercado ainda reflete o otimismo com os dados do varejo em março anunciados ontem, com vendas crescendo 9,8%. Somaram a isso o bom desempenho da China, que informou crescimento de 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre de 2021, e uma produção industrial em alta de 14%, também em março.
Os resultados dos balanços de empresas nos EUA referentes ao primeiro trimestre também têm forte participação nesse otimismo dos mercados nesta sexta-feira. Depois do Goldman Sachs e do JPMorgan, o Bank of America compartilhou seu balanço do primeiro trimestre ainda ontem. De acordo com os números, a empresa superou a estimativa de lucro, de US$ 0,86 por ação, contra previsão de US$ 0,66.
Também a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também animaram o mercado após registrar uma diferença para baixo de 193 mil pedidos, ficando no patamar de 576 mil na semana passada. O resultado ficou bem abaixo da expectativa de analistas ouvidos pela Refinitiv, que era de 700 mil pedidos. O varejo americano também indica recuperação, com alta de 9,8% no mês de março.
Ibovespa hoje, 16 de abril de 2021
No mercado doméstico, o estresse em torno da pandemia e da queda-de-braço na escolha do presidente e relator da CPI da Covid-19 ganhou um refresco após o presidente do Senado, Arthur Lira, em reunião com empresários, acenou com o comprometimento com a agenda de reformas estruturais e sinalizou que o acordo em torno do Orçamento 2021 deve ser mantido, jogando a solução do problema das emendas parlamentares no colo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Uma das saídas pode sair do projeto encaminhado em março pelo governo ao Congresso para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, de maneira a acomodar as despesas parlamentares acordadas com o Congresso e assim evitar o veto ao texto já aprovado. Lembrando que o prazo final para uma definição por parte do governo termina na próxima quinta-feira, 22.