Ibovespa opera em queda em dia de poucos eventos internos

Vencimento de opções da B3 e Petrobras devem ser os destaques do pregão desta sexta-feira

Depois de uma semana que começou em turbulência com a volatilidade externa, o Ibovespa abre a sexta-feira, 21, em queda, mas com início mais calmo.  Os preços das commodities, que derrubaram o Ibovespa na véspera, começam a se acomodar. De um lado, petróleo volta a subir, recuperando-se de três dias de perdas. No entanto, o minério de ferro puxa a bolsa para baixo, com mais um dia de forte queda, de 3,39%, na bolsa de Dalian, na China, e fechando a semana com desvalorização de 5,4%.

Nos Estados Unidos, investidores de Wall Street recuperam o ânimo depois de duas semanas de preocupação com a inflação na economia americana. O mercado se animou com os números de pedidos de auxílio-desemprego, que caiu 34 mil na semana encerrada em 15 de maio, somando 444 mil, o menor nível desde março de 2020, segundo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, e abaixo da expectativa de 452 mil pedidos.

Mais notícias positivas do exterior são as vendas no varejo britânico, que cresceram 9,2% em abril, o dobro da projeção média de economistas, segundo a agência internacional de notícias Reuters. Para analistas, isso pode indicar uma vazão da demanda reprimida no país, que já vacinou mais da metade da população. Na zona do euro, investidores também acompanham os PMIs da região, de 56,9 pontos, acima da estimativa de 55,1 pontos. O mercado também aguarda a PMI dos Estados Unidos

Deslocado do exterior, o Ibovespa abre em queda de 0,21%, às 10h50 (horário de Brasília), aos 122.447 pontos.

Ibovespa hoje, 21 de maio de 2021

No mercado doméstico, noticiário voltado para o vencimento de opções na B3, ao final do pregão, que deve gerar um pouco mais de volatilidade no mercado. Hoje, o mercado também monitora a análise do relatório da reforma administrativa, que deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na próxima semana. O mercado também vai ficar e olho nas ações da Petrobras depois que a estatal informou que poderá ter uma economia de R$ 4,4 bilhões no próximo trimestre com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins a partir de 2017, determinada, na semana passada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para todas as empresas.

Mesmo sem nenhum depoimento hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o mercado ainda digere o depoimento, ontem, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Depois de uma interrupção na quarta-feira, o militar retornou ao Senado na quinta-feira. Ele manteve a postura de proteger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), assim como evitou responsabilizações sobre a falta de vacinas, ausência de programas de incentivo ao isolamento e incentivo ao uso da cloroquina. Mesmo quando desmentido, o ex-ministro manteve suas versões e não entregou um único “culpado”.

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