Ibovespa abre em queda com dados fracos da China
Vendas do varejo chinês ficaram bem abaixo da expectativa de mercado, impactando Ibovespa e bolsas ao redor do mundo
Depois de uma semana de volatilidade, o Ibovespa abre a segunda-feira, 17, em queda. Em pauta estão, principalmente, os dados econômicos fracos da China que geraram reações mistas no mercado. A produção industrial chinesa cresceu 9,8% em abril, segundo o Bureau Nacional de Estatísticas, em comparação a 2020. Assim, ficou em linha com as expectativas de economistas ouvidos pela agência de notícias Reuters.
No entanto, não agradou o número das vendas no varejo chinês. Ainda de acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas, o setor teve um crescimento em abril de 17,7%, também na comparação anual. Veio abaixo da expectativa média de analistas, que esperavam uma alta anual em abril de 24,9%.
Tensão além da China
Ainda no exterior, a pandemia do novo coronavírus continua a preocupar. Atualmente, o Reino Unido está relaxando medidas de distanciamento social, com pubs, restaurantes, cinemas e museus reabrindo. Mas o primeiro-ministro Boris Johnson pede cautela. Pesa ainda a preocupação com a propagação da nova variante encontrada na Índia, que pode impactar na abertura ampla programada para 21 de junho em todo território britânico.
Ainda lá fora investidores continuam operando sob cautela por causa de dados da inflação nos Estados Unidos. Depois de uma semana recheada de especulação, principalmente após dados de emprego em território americano decepcionarem, agora chega a vez de uma semana em espera. A ata do Federal Open Market Committee (Fomc) será divulgada na quarta-feira, 19. Com isso, o mercado espera uma visão clara sobre a inflação.
Assim, com isso no radar, o Ibovespa abre em queda de 0,07%, às 10h09 (horário de Brasília), a 121.798 pontos.
Ibovespa hoje, 17 de maio de 2021
Nesta segunda-feira, o mercado doméstico começa com mais um Relatório Focus do Banco Central. Esta semana, economistas elevaram mais uma vez as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021. De acordo com o relatório, a expectativa foi de 3,21% para 3,45%. Enquanto isso, para 2022, os economistas também registraram um novo aumento. Foi de um crescimento de 2,33%, na semana passada, para um salto de 2,38%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também deve ter um salto, de acordo com economistas. As expectativas foram elevadas de 5,06% para 5,15% em 2021. Para 2022, enquanto isso, foi de 3,61% para 3,64%. Já a expectativa em relação ao dólar teve queda. Antes previsto para encerrar 2021 valendo R$ 5,35, analistas agora apontam fechamento em R$ 5,30. Também houve revisão em 2022, caindo de R$ 5,40 para R$ 5,35.
Por fim, a taxa básica de juros, a Selic, se manteve em 5,50% em 2021. Já para 2022, subiu de 6,25% pra 6,5%.