Bancos digitais de nicho: qual você poderia chamar de seu?

Eles chegam aos poucos e são voltados a segmentos específicos da população

O objetivo é oferecer atendimento, produtos e soluções especiais para atender às dores e necessidades de determinados grupos

Ter uma conta digital tem se tornado algo cada vez mais comum. Não é à toa, portanto, que cada vez mais também apareçam bancos digitais de nicho, que procuram agradar alguns segmentos mais específicos da população.

O objetivo dos bancos digitais de nicho é oferecer um pouco mais de personalização aos clientes, como um atendimento diferenciado e até produtos, serviços e promoções que tenham a ver com determinados grupos. Deste modo, o objetivo é tentar colocar em prática soluções mais específicas para dores ou demandas comuns.

Um dos exemplos é o D´Black Bank, banco do Movimento Black Money, um hub de inovação negro. De acordo com o Movimento, trata-se de uma fintech  que tem como objetivo principal conectar consumidores a empreendedores negros. O objetivo é apoiar e ampliar as possibilidades de negócios entre eles. 

“Além disso, somos um negócio social que visa a justiça econômica, atuando no fomento do empreendedorismo e da inovação para a população afrobrasileira”, explicam. O banco digital de nicho conta com produtos financeiros desenvolvidos “de preto para preto”, como explicam no site. Por exemplo, existe a maquininha pretinha, condições especiais de taxas, serviços de conciliação financeira e muitos materiais educativos específicos para quem quer empreender. 

Bancos digitais de nicho
Imagem: reprodução / unsplash

Bancos digitais de nicho buscam atender demandas específicas

 

Outro case nesta área é o Pride Bank, banco digital de nicho voltado à comunidade LGBT. Trata-se, mais que isso, do primeiro banco digital LGBTI+ do mundo. De acordo com a instituição, o propósito é oferecer um banco digital completo e transparente que apoie a comunidade de forma rápida, responsável e transparente.

O banco já nasceu, inclusive, com o Instituto Pride, que recebe um percentual da receita obtida para uso em objetivos de apoio à causa. Tudo é feito através de uma parceria com a Welight, empresa de tecnologia social, que busca impactar a vida das pessoas da comunidade LGBTI+ apoiando causas sociais. 

Além disso, o banco oferece a possibilidade do cliente escolher o modelo de cartão e, consequentemente, o nome que ele quer que apareça. “A gente valoriza a sua história”, diz o site do Pride Bank.

 

Voltado para a alta renda

 

Finalmente, podemos citar um outro exemplo de banco digital de nicho que acabou de nascer: o AgZero, do Safra. Neste caso a idéia é alcançar, com uma marca independente, um perfil de cliente que valoriza uma relação mais ágil e simples, mas com a segurança de uma organização tradicional. 

O objetivo, além de alcançar mais público, é ampliar a estratégia digital voltada ao segmento de alta renda, na qual o Safra já está consolidado. “O objetivo desse movimento é ampliar a base de clientes que valorizam o modelo híbrido de banco: digital, mas com atendimento humano de excelência, com uma plataforma de produtos e investimentos de alta performance e com toda a expertise dos especialistas.”, explicou o banco.

Segundo comunicado do Safra, o AgZero e a conta digital completa são verticais diferentes, para personas distintas. Mas elas integram um propósito maior de tornar os canais digitais do Safra uma alavanca de negócios cada vez mais forte. 

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