Peeling químico: conheça tudo sobre o procedimento
Veja como funciona um dos tratamentos estéticos mais procurados para tratar problemas de pele e atenuar rugas e manchas.
No mundo dos procedimentos estéticos, o peeling é, sem dúvida, um dos queridinhos. A razão está no seu poder de renovação celular. O processo remove as faixas mais superficiais da pele que, depois de descamar, se reestrutura e ganha mais vitalidade e uma textura mais lisinha. Uma das principais versões do tratamento é o peeling químico.
Como é o procedimento do peeling químico?
De acordo com o dermatologista Victor Bechara, a técnica é feita a partir de aplicações de agentes químicos na pele. “Geralmente são usados os mais variados tipos de ácido, como salicílico, glicólico, retinoico. Com o uso dessas substâncias a pele se descama e, depois, se regenera com mais viço, firmeza e melhor textura”, explica.
Por isso, o peeling químico é muito recomendado para tratamentos de rejuvenescimento, para amenizar ou eliminar manchas e cicatrizes de acne, reduzir a oleosidade, uniformizar a pele e melhorar a flacidez.
Dependendo do ácido e da concentração utilizada, o peeling químico pode ser dividido em dois tipos: superficial ou moderado. “Quanto mais profunda for a ação do produto aplicado, mais aparentes são os resultados, no entanto, maior é o desconforto logo depois do procedimento e mais longo o tempo de recuperação”, detalha o médico.
O método superficial apresenta uma descamação mais suave e exterior da pele e é realizado em várias sessões de 10 minutos. Ele é indicado para quem sofre com pele ressecada, acne e linhas finas de expressão. Por consequência, o rosto fica mais iluminado e saudável.
Enquanto isso, o moderado é mais intenso e exige aplicações únicas. Pode ser feito por quem tem manchas do sol, rugas profundas e lesões pré-cancerígenas. Os agentes químicos são mais potentes para penetrar a camada inferior da pele. É utilizada anestesia local ou até mesmo sedação e o procedimento pode durar de 30 minutos a duas horas.
“O resultado da ação do peeling químico vai depender da substância utilizada e da indicação do paciente”, informa Vitor.
Cuidados e contraindicações
De modo geral, peeling químico é seguro, desde que seja realizado por um profissional qualificado e experiente. É raro, mas podem acontecer reações adversas como cicatrizes ou infecções.
Vitor avisa que o procedimento não é indicado para pacientes com peles sensíveis, por causa de uma ação mais agressora dos ácidos. “Também é contraindicado em casos de dermatite, foliculite, inflamações na pele e alergias a algum componente do ácido.”
Depois do tratamento, é fundamental evitar exposição ao sol. Isso porque a pele fica mais fina e sensível. O médico alerta que é essencial o uso de filtro solar com fator de proteção acima de 50 todos os dias. Outras barreiras, como chapéus e viseiras, por exemplo, também são bem-vindas.
“É importante aplicar cremes cicatrizantes para acelerar a descamação, além de produtos calmantes para amenizar a sensibilidade da pele. Deve-se ainda evitar o uso de maquiagem durante o período de recuperação. E nada de puxar a pele que descama, porque ela deve ser removida naturalmente com o tempo.”
Entre os sinais mais comuns que ocorrem logo após o peeling químico estão: descamação da pele, ardor, vermelhidão e irritação na pele.
Quantas sessões são necessárias?
A quantidade de sessões varia de acordo com a substância utilizada no peeling químico e sua concentração, além da gravidade do problema tratado. De maneira geral, são necessárias de 3 a 5 sessões, com intervalos que vão de 15 a 30 dias.
Quanto custa uma sessão de peeling químico?
Os valores do tratamento levam em consideração o caso a ser tratado, o tipo de ácido utilizado, o número de sessões necessárias e a área onde o peeling químico será aplicado. Por isso, existe uma grande variação nos preços, mas, em média, cada sessão pode custar entre R$ 300 a R$ 1000.
Fonte: Victor Bechara, dermatologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Ludwig Maximilians University, na Alemanha. É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e especialista em laser pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.
Adoro peeling, adorei o artigo!