Tim Cook: conheça a história do mais novo bilionário do mundo
Depois de nove anos à frente da Apple, o executivo viu sua fortuna crescer exponencialmente. Agora, ele integra a lista das pessoas mais ricas do mundo.
No começo de agosto, a Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, viveu um momento histórico: seu valor de mercado chegou a quase US$ 2 trilhões. A notícia repercutiu positivamente não apenas para a gigante de tecnologia, mas também para Tim Cook, CEO da companhia há nove anos.
Fortuna de Tim Cook
De acordo com o Índice Bloomberg Billionaires, o patrimônio líquido do executivo deu um salto com a alta no valor da empresa, superando a marca de US$ 1 bilhão. Assim, na semana passada, ele se reuniu a nomes como Jeff Bezos, fundador da Amazon, e Mark Zuckerberg, criador do Facebook , ao entrar para o clube dos mais ricos do mundo.
Conheça abaixo um pouco mais sobre a história de Tim Cook e entenda como ele fugiu do padrão do mercado ao fazer fortuna mesmo sem ser o fundador da empresa que chefia.
Quem é o CEO da Apple?
Timothy Donald Cook é mais conhecido como Tim Cook. Ele nasceu em 1 de novembro de 1960, no estado americano do Alabama. À época, seu pai trabalhava em um estaleiro enquanto sua mãe, que havia atuado na indústria farmacêutica, era dona de casa.
Com muito esforço, formou-se bacharel em Ciência pela Universidade Auburn em 1982, com foco em engenharia de produção industrial. Já em 1988, conquistou o diploma no curso de Master of Business Administration (MBA) da Fuqua School of Business da Universidade de Duke.
Sua carreira foi bastante marcada por seu trabalho na IBM, onde ingressou logo depois de concluir a universidade. Por 12 anos a multinacional foi a casa de Tim Cook. Ali, o executivo foi vice-presidente sênior de operações na internet e também diretor de operações. Ele respondia pela área de computadores, vendida posteriormente para a empresa chinesa Lenovo.
Logo após sair da companhia, em 1994, assumiu a posição de Chief Operating Officer (COO) da Intelligent Electronics. Três anos depois, se tornou vice-presidente de materiais corporativos da Compaq, cargo que desempenhou por apenas seis meses.
A trajetória de Tim Cook na Apple
Em 1998, Tim Cook foi contratado por Steve Jobs para atuar como vice-presidente sênior de operações globais da Apple.
Ele se tornou o braço direito de Jobs e, juntos, começaram a desenhar um novo caminho para a empresa. Ele esteve à frente de grandes momentos na história da Apple e foi importante, principalmente, quando a companhia enfrentou uma de suas piores crises.
Na época, foi necessário cortar gastos para manter os negócios em pé. Assim, a grande ideia de Cook foi descentralizar a produção. Para isso, a empresa repassou o desenvolvimento e a montagem dos componentes de seus produtos para fornecedores externos. O movimento deu certo e a companhia conseguiu se reerguer.
Ao longo dos anos, o executivo foi abrangendo cada vez mais responsabilidades e conquistando mais espaço dentro da empresa, abocanhando a liderança da divisão de vendas e de suporte ao cliente da Apple. Já em 2007, foi promovido a chefe de operações.
A chegada de uma nova era
Enquanto Jobs foi presidente da Apple, Tim Cook o substituiu na função em diferentes ocasiões. A primeira vez que isso aconteceu foi em 2004, quando o CEO precisou se recuperar de uma cirurgia relativa ao câncer no pâncreas.
Em 2009, Cook voltou à posição, visto que Jobs se ausentou por vários meses logo após um transplante de fígado.
No entanto, em agosto de 2011, Steve Jobs – que seguia travando uma dura batalha contra o câncer que o levou a falecer em outubro daquele ano – renunciou ao cargo e entregou de forma definitiva a posição de chefe da Apple para Tim Cook.
A gestão de Tim Cook
Tim Cook é um homem discreto, pragmático, preciso. Essas características influenciaram enormemente suas decisões dentro da Apple, bem como sua gestão como CEO.
Sob seu comando, a empresa lançou inúmeros produtos de sucesso e evoluiu aqueles que já existiam. Cook colocou no mercado, por exemplo, o Apple Watch, diferentes modelos do iPhone e a assistente virtual Siri.
De acordo com uma entrevista ao jornal Washington Post, Cook descreve o trabalho de presidente como algo “solitário” e cheio de pressão. Para vencer seus desafios, ele se inspira e busca conselhos de nomes de sucesso como o investidor Warren Buffet.
Ele valoriza o trabalho em equipe, por isso, criou uma gestão horizontal que aposta na força da diversidade. “Queremos diversidade de pensamentos e de estilos. Queremos que as pessoas sejam elas mesmas. Esse é o grande negócio da Apple”, disse ele certa vez à revista Businessweek.
Além disso, Tim Cook acredita que é preciso explorar e brincar com o futuro, que, para ele, seguem os passos da realidade aumentada e da inteligência artificial. Cook preza ainda pela relação e satisfação dos clientes e avalia como essencial o foco em gerar valor para os consumidores.
Apesar de bastante reservado quanto à vida pessoal, Cook revelou ser gay em 2014. A decisão do anúncio partiu do executivo, que expressou o desejo de inspirar outras pessoas. “Parte do progresso social é a compreensão que uma pessoa não é definida apenas por sua sexualidade, raça ou gênero”, disse em seu artigo publicado no site da Businessweek. “Eu não me considero um ativista, mas se ouvir que o CEO da Apple é gay pode ajudar alguém ou trazer algum conforto a qualquer um que se sinta sozinho, ou inspirar as pessoas a insistir em sua igualdade, então vale a pena trocar isso pela minha privacidade.”