Poupança fecha março com retiradas superando os depósitos em R$ 3,5 bilhões

Caderneta teve saldo negativo pelo terceiro mês seguido, com saques de R$ 321,174 bilhões e depósitos de R$ 317,650 bilhões

No mês de março, o total de saques superou o total de aplicações em caderneta de poupança, em R$ 3,524 bilhões, informou o Banco Central, na quarta-feira, 7.

Os saques somaram R$ 321,174 bilhões enquanto os depósitos, R$ 317,650 bilhões. É o terceiro mês consecutivo que a caderneta registra saldo negativo entre entradas e saídas de recursos.

No trimestre, houve recorde de saída de recursos frente ao total de depósitos

No entanto, o resultado de março foi bem menor do que os R$ 18 bilhões de saldo negativo em janeiro, e dos R$ 5,8 bilhões, em fevereiro.

Não por acaso, as maiores saídas aconteceram em meses em que há o vencimento de uma série de compromissos, desde a cobertura de faturas mais elevadas do cartão de crédito dos gastos do fim de ano,  até o pagamento de IPTU, IPVA e, em muitos casos, de despesas com  material escolar.

Mas além disso, em dezembro o governo deixou de pagar o auxílio emergencial e muitas famílias tiveram de lançar mão de suas economias depositadas na poupança, em janeiro e fevereiro, para complementação de renda.

Ao comparar março de 2021 com o mesmo mês de anos anteriores,  houve agora a maior saída líquida de recursos da caderneta desde 2017, quando o saldo foi negativo em R$ 4,996 bilhões.

No trimestre, novo recorde de fuga – Poupança

Segundo dados do Banco Central, no primeiro trimestre do ano, o total de saques superou o dos depósitos em R$ 27,541 bilhões, o que também é recorde dentro da série histórica, iniciada em 1995. O recorde anterior havia acontecido em 2016, quando a saída líquida da caderneta no primeiro trimestre do ano ficou em R$ 24,050 bilhões.

Mesmo com a drenagem de recursos, o total aplicado em caderneta chegou a R$ 1,013 trilhão no mês passado. Tem muita gente que não arreda o pé desse tipo de aplicação, que ainda é o mais popular entre os brasileiros.

Seja pela facilidade de movimentação, aplicação mínima com valores irrisórios, isenção do imposto de renda, movimentação a cada mês sem perda de remuneração e também pela percepção de segurança.

A caderneta é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura que o investidor terá o seu dinheiro de volta em caso de quebra da instituição onde estava a aplicação. A cobertura alcança um total de R$ 250 mil por investidor, por instituição financeira, até o total de R$ 1 milhão, distribuído em vários bancos.

Com a retomada do pagamento do auxílio emergencial em abril, os números de entrada e saída de recursos da caderneta tendem a ficar mais positivos.

Veja como será a nova linha de financiamento imobiliário da Caixa

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes