Melhores investimentos de curto prazo e como escolher
Pretende viajar daqui a um ano ou comprar uma televisão nova daqui a seis meses, e não sabe onde deixar o dinheiro? Conheça opções de investimentos de curto prazo.
Para quem pretende guardar dinheiro para viajar daqui a um ano ou comprar à vista uma televisão nova daqui a seis meses, aplicar em investimentos de curto prazo é um bom caminho. Isso porque eles disponibilizam retorno e resgate rápidos. Mas é preciso se organizar e optar por um bom título. Para mais segurança, recomenda-se ativos de renda fixa. Então, saiba como escolher:
Características de um investimento de curto prazo
Para ser caracterizado como investimento de curto prazo o dinheiro deve ficar aplicado de um até 24 meses. Para objetivos já definidos, como os citados acima, é preferível optar por títulos de renda fixa, já que oferecem baixo risco.
O consultor financeiro Luiz Henrique, fundador da Fiz Grana, explica que pela baixa complexidade, aplicações desse tipo são opções de vários investidores iniciantes. Que correspondem ao perfil conservador e, portanto, pouco afeitos ao risco.
Além disso, uma aplicação de pouco tempo deve apresentar liquidez alta, ou seja, possibilidade de resgatar o dinheiro com rapidez em caso de necessidade. Também deve se considerar os custos operacionais e o desconto do Imposto de Renda (IR) no momento da escolha.
No que tange a rentabilidade a maioria das alternativas em renda fixa estão atreladas à taxa Selic, que atualmente está em 2% ao ano, o que é um percentual baixo. Apesar de não oferecem alto rendimento, esses ativos dão ao investidor maior tranquilidade e segurança quanto ao capital depositado, conforme explica o consultor.
Opções de investimentos de curto prazo e baixo risco
Conheça algumas possibilidades para investir e obter retorno em um período curto de tempo.
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Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um dos tipos de títulos públicos do Tesouro Direto, sua rentabilidade depende da taxa Selic. Ademais, possui liquidez diária, sem riscos de perda do capital investido em caso de resgate antes do investimento. O que não ocorre com os outros dois tipos de ativos, Prefixados e IPCA+, que em caso de venda podem apresentar valor mais baixo ou mais alto do que o verificado no momento da compra. Em todos há cobrança do IR com base na tabela regressiva, indo de 22,5% até 15% sobre o lucro.
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CDB
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos por bancos para captar recursos. Assim sendo, sua rentabilidade relaciona-se ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que por sua vez usa como referência a taxa Selic. Também exige o desconto do IR. Para aplicações de até R$ 250 mil há o amparo do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
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LCI e LCA
São títulos emitidos por bancos para oferecer crédito ao setor imobiliário e de agronegócio. As rentabilidades das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) podem estar relacionadas ao CDI. Eventuais perdas também são cobertas pelo FGC. Ademais, nestes ativos não há cobrança de IR.
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Fundos de Renda Fixa
Outras alternativas para investimentos de curto prazo são fundos de investimento em renda fixa. Eles destinam ao menos 80% do capital depositado pelos investidores em ativos de renda fixa, dito que existem opções com liquidez diária. Dessa forma, é possível comprar uma ou mais cotas do fundo, tornando-se um cotista. Há tributação de Imposto de Renda sobre os ganhos. É preciso ainda, se atentar à taxa de administração do fundo.
Como se organizar para investimentos de curto prazo?
Por fim, Luiz explica que antes de qualquer aplicação é preciso definir o planejamento financeiro. Verificando assim, as receitas e despesas, bem como o capital disponível para aplicar. Feito isso, e com os objetivos estabelecidos, é possível ter maior disciplina nos investimentos. Afinal, a cada valor que se deposita por mês, as metas em questão ficam mais próximas da realização.