Baixo apetite dos bancos dá fôlego ao home equity pela concorrência

Baixo apetite dos grandes bancos para crédito com garantia de imóvel (home equity) tem favorecido a concorrência na oferta do produto.

São Paulo – O baixo apetite dos grandes bancos para crédito com garantia de imóvel (home equity) tem favorecido a concorrência na oferta do produto entre fintechs. Com prazo mais flexível e juros menores, expectativa é de alta, principalmente entre empresários. Ao mesmo tempo em que a complexidade do produto, somada aos prazos mais longos e às taxas de juros menores deixam o home equity  pouco atrativo para os grandes bancos, as pessoas físicas e jurídicas endividadas e com dificuldade de crédito começam a demandar uma alternativa de refinanciamento. “O problema é o mal endividamento, com parcelas de juros altos e prazo curto, o que faz com que orçamentos quebrem. Seria importante que os bancos transformassem o portfólio para produtos de prazo mais longo, mas isso ainda não aconteceu”, explica o sócio e diretor da Creditas, Felipe Zullino.

De acordo com a co-fundadora da Bcredi, Maria Teresa Fornea, apesar de sete em cada dez imóveis no Brasil serem aptos para se tornarem garantia de crédito, “poucas pessoas chegam à essas opções”. “A primeira barreira é a burocracia. A segunda é que enquanto os grandes bancos tiverem clientes que paguem 10% no cheque especial, o home equity não terá muito espaço”, analisa a executiva e pondera que o ambiente futuro, porém, pode impulsionar esse crédito. “Exatamente porque demora um pouco para o repasse completo da queda dos juros ao tomador, a tendência é cada vez mais existir uma busca por renegociação e taxas menores. Isso motiva essa linha e já há melhoras significativas a cada mês que passa”, completa.

Dinheiro de bancosDificuldade de empréstimo pelos grandes bancos

Nessa linha, os executivos consultados pelo DCI reforçam a maior demanda por pequenos e médios empresários que, com dificuldade de empréstimos por grandes bancos, recorrem à essa linha. “Cerca de 45% das solicitações são de empresários tomando crédito como pessoa física para jogar dentro da empresa, quitando dívidas e alavancando um capital de giro mais barato”, comenta o superintendente de home equity do Sofisa Direto, Paulo David. Ele destaca, porém, que pela falta de conhecimento do produto, os credores têm percebido uma necessidade de contato pós-venda e assessoria. “É preciso citar os benefícios e os malefícios e orientar como fazer o melhor uso desse crédito. Mas a maioria sabe do risco e menos de 1% dos casos acabam com execução do bem”, acrescenta o executivo. Já em relação às expectativas para os próximos meses, o cenário de queda consecutiva da Selic (taxa básica de juros) e dificuldade de crédito tendem a elevar a busca pela linha.” A ideia é dobrarmos de tamanho e continuar acompanhando redução de taxas. O produto tem muito potencial no atual cenário do País”, conclui Zullino, da Creditas.

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes