Conheça 5 maneiras de investir em ações no exterior
Aplicar em ativos estrangeiros não é difícil, e traz como uma das vantagens maior diversificação na carteira de investimentos
Investir em ações no exterior não é difícil, e traz como uma das vantagens maior diversificação na carteira de investimentos. Em 2019, eram 328 empresas listadas na B3, bolsa de valores do Brasil. Já a NYSE e Nasdaq, principais bolsas estadunidenses, somam mais de 5.000 empresas.
A seguir, saiba como é possível investir em ações no exterior:
Por que investir em ações no exterior?
Entre as vantagens em se investir em ações no exterior está a maior quantidade de opções, são inúmeras empresas de capital aberto no mercado internacional. Soma-se a isso, a viabilidade em investir em países cujos cenários estejam mais favoráveis que o brasileiro.
Se determinado investidor tem todo o seu capital investido em ações brasileiras, tem o risco de ter todos os ativos desvalorizados caso o país seja atingido por uma forte crise. Portanto, aplicar em empresas estrangeiras traz maior diversificação, objetivo que deve ser buscado em qualquer carteira de investimentos.
Investir diretamente em uma bolsa de valores americana é uma boa opção, já que nestas são negociadas ações de empresas de todo o globo.
O que considerar ao investir em ações no exterior
Para internacionalizar os investimentos é necessário considerar as taxas à se pagar. Como taxa de administração de fundos, tributação e valor para enviar o capital para fora do país. Assim sendo, é preciso avaliar se a opção escolhida compensará os custos.
Há também o fator da burocracia, alguns itens podem exigir maior esforço para investimento. Contudo, existem possibilidades simples. A declaração do Imposto de Renda deve ser considerada, será necessário notificar a existência de bens em outro país caso o investidor tenha mais de US$ 100 mil no exterior.
Como escolher os ativos
Aplicar no exterior requer disposição para estudar sobre os investimentos, inclusive ler textos em outra idioma. Além de buscar informações sobre o ativo em si, é preciso pesquisar sobre o cenário do país da empresa em que se objetiva investir. Saber sobre o situação econômica e política, e também sobre o funcionamento do mercado local.
Ter a orientação de um especialista é positivo. Para deixar claro itens como objetivo do investimento, quanto de capital destinar à ações no exterior e por quanto tempo. Tendo em vista o perfil do investidor.
Ademais, é relevante acessar os resultados e desempenho dos papéis investidos, e acompanhar o setor em que as empresas estão.
Veja como comprar ativos de empresas estrangeiras como Apple, Amazon e The Walt Disney Company.
Conta em corretora no exterior
É possível investir em ações do exterior, comprando diretamente em corretora do país correspondente. A abertura de conta pode ser feita através de apresentação de alguns documentos, como passaporte e comprovante de residência. Após a aprovação da abertura se recebe um contrato.
Feita a conta, é preciso realizar a remessa do dinheiro para fora do país, por meio de banco ou corretora de câmbio. Há cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), no equivalente à 0,38% sobre o valor transferido, além das tarifas da instituição financeira.
Para aplicações nos EUA, por exemplo, é preciso pagar tributação de 15% sobre o lucro, para investimentos de até US$ 1 milhão.
BDR – Investir em ações no exterior
Os Brazilian Depositary Receipts (BDR) são certificados de ações internacionais negociados na B3. Dessa forma, não se compra a ação em si, mas um certificado que representa ela. O qual diz respeito aos valores mobiliários emitidos por empresas de capital aberto no exterior.
Existem dois tipos de BDR. Nos “patrocinados” a empresa emissora da ação contrata uma instituição para depositar os certificados no Brasil. Já nos “não patrocinados”, são as próprias instituições depositárias que optam por gerar o certificado. Por fim, o Imposto de Renda incide em 15% do lucro.
Há ainda outras formas de investir em empresas internacionais sem tirar o dinheiro do Brasil.
Fundos de investimento
É um meio simples de investir em empresas do exterior. Os fundos de investimentos são carteiras com variados ativos controladas por um gestor. Desse modo, os investidores destinam valores para serem aplicados e recebem rendimento proporcional a eles.
Os investidores de varejo, aqueles que investem menos de R$ 1 milhão, podem aplicar em fundos com até 20% em papéis internacionais. Somente os investidores qualificados, aqueles que investem mais de R$ 1 milhão, podem aplicar em fundos com 100% dos ativos no exterior.
No que tange à tributação dos fundos que investem em ações, são descontados 15% do lucro.
ETFs
Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos de índices, os quais têm como finalidade reproduzir ações da carteira de um indicador. Eles são negociados na B3, geralmente seguindo o Ibovespa, que é o índice da bolsa brasileira. Todavia, também há ETFs que replicam índices estrangeiros, como o S&P 500, indicador da bolsa de Nova York.
Para investir nessas ações do exterior é preciso ter conta em corretora e aplicar acima de R$ 1.500. As negociações ocorrem da mesma maneira que as de ações individuais no pregão. Assim sendo, a tributação é de 15% sobre o ganho.
COE – Investir em ações no exterior
Os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) são títulos que tem ativos em renda fixa e variável. Parte dos papéis podem ser internacionais. Visto que, são semelhantes as Notas Estruturadas, comum nos EUA e Europa.
Os COEs fazem uso de um indexador, possuem data de vencimento e apresentam ao investidor diferentes situações de perdas e ganhos. Além disso, são emitidos por bancos e devem ser registrados na B3.
Em relação ao Imposto de Renda, se tem como parâmetro a tabela regressiva da renda fixa, que varia de 22,5% a 15% sobre o rendimento. Ademais, para realizar as aplicações é necessário conta em corretora e boa parte dos valores mínimos giram em torno de R$ 5000.