Ações do Deutsche Bank sobem após banco falhar em teste nos EUA
O Deutsche Bank afirmou na quinta-feira que fez investimento significativo para melhorar sua capacidade de planejamento de capital em sua unidade nos EUA.
FRANKFURT (Reuters) – As ações do Deutsche Bank subiam mais de 3 por cento nesta sexta-feira, um dia após sua subsidiária americana ter falhado numa segunda fase dos testes anuais de estresse do Federal Reserve (banco central dos EUA). O Fed, que verifica regularmente a força financeira dos bancos, citou “deficiências generalizadas e críticas” nos controles de planejamento de capital do Deutsche.
As críticas do Fed marcam outro golpe para o banco alemão que está tentando retomar a rentabilidade e cujas ações caíram 41 por cento este ano. “Parece que o Deutsche Bank no momento é o pior aluno da turma que não consegue acertar nada”, disse Octavio Marenzi, presidente da consultoria Opimas. “A avaliação do Fed pode assustar os clientes nos EUA, enquanto o banco tenta se recuperar”, disse Michael Huenseler, diretor de gestão de carteiras de crédito da Assenagon.
Esforços do Deutsche Bank nos EUA
A avaliação do Fed vem após meses de volatilidade no Deutsche, que reformulou a administração abruptamente em abril, após três anos consecutivos de perdas. Em seguida, começou a planejar a redução de seu banco de investimento global para se focar na Europa e em seu mercado doméstico. Alguns analistas disseram que os problemas destacados pelo Fed não são novidade. As ações do Deutsche Bank subiram 1 por cento na bolsa de Frankfurt, após terem atingido mínima recorde na quarta-feira.
O banco pode precisar investir cerca de 10 milhões de dólares em tecnologia adicional de testes de estresse e consultores externos. O Deutsche Bank afirmou na quinta-feira que fez investimento significativo para melhorar sua capacidade de planejamento de capital e os controles e infraestrutura em sua unidade nos EUA, e que trabalhará com reguladores para coordenar esses esforços. O Banco Central Europeu, que supervisiona o Deutsche Bank, se recusou a comentar.
(Por Tom Sims; reportagem adicional de Frank Siebelt)