Só em 2024? Quando é o próximo jogo do Brasil de vôlei masculino
Saiba quando a equipe masculina do Brasil volta a jogar após o sucesso em Santiago
Em vitória esmagadora contra a Argentina, a Seleção Brasileira encerra a sua participação na temporada 2023 com a conquista da quinta medalha de ouro no vôlei masculino em Jogos Pan-Americanos. O próximo desafio do elenco está marcado para o ano que vem, antes das Olimpíadas de Paris, na França.
Agenda de jogos Brasil de vôlei masculino em 2024
O próximo compromisso da Seleção Brasileira de vôlei masculino vai ser a fase classificatória da Liga das Nações, com início em 21 de maio de 2024. A programação com todos os confrontos e os países que sediarão cada uma das fases ainda não foi definida pela FIVB, a Federação Internacional de Voleibol, a organizadora do torneio.
De acordo com o calendário oficial disponível no site da FIVB, as seleções só vão jogar a Liga das Nações e as Olimpíadas de Paris no ano que vem. Em decorrência do evento olímpico em julho e agosto, a agenda para as seleções de vôlei está menor. O Campeonato Sul-Americano, realizado nos dois naipes anualmente em agosto, ainda não está confirmado porque coincide com a data de Paris.
A Liga das Nações de vôlei masculino vai começar em 21 de maio, terça-feira, com a fase classificatória entre as 16 nações. Cada elenco joga 12 partidas, quatro confrontos por semana sob o sistema de pontos corridos, durante três semanas na primeira fase.
Ao fim, os sete melhores, incluindo o anfitrião da fase final, se classificam para o mata-mata com as quartas de final, semifinal, disputa pelo bronze e a final de 27 a 30 de junho de 2024.
A seguir, confira o calendário do vôlei masculino em 2024, de acordo com a FIVB.
Olimpíadas de Paris – 26 de julho a 11 de agosto de 2024
Campeonato Sul-Americano – agosto ou setembro de 2024
Relembre a campanha do Brasil em 2023
Medalha de ouro, classificação para as Olimpíadas de Paris e segundo lugar no Sul-Americano. Com o fim da temporada de seleções, é possível fazer um balanço da atuação do Brasil no ano de 2023 no naipe masculino. Em quatro torneios disputados, o elenco brasileiro decepcionou em dois, mas se deu bem nos outros dois.
Mas nem só de pódios e conquistas vive a Seleção Brasileira. A temporada serviu também para revelar novos talentos como Darlan, o oposto de 21 anos. O atleta foi chamado para o lugar de Felipe Roque no Pré-Olímpico, tornando-se o número um do país na competição.
Honorato, Otávio, Flávio e Judson também ganharam protagonismo. Porém, o pedido de demissão do treinador Renan Dal Zotto também fez parte da temporada, logo após o fim do qualificatório no Rio de Janeiro.
Liga das Nações em junho
O primeiro desafio da Seleção Brasileira na temporada foi a Liga das Nações, onde estreou em 07 de junho com vitória diante da Alemanha, em Ottawa, por 3 sets a 1. O elenco fechou a sua participação na fase classificatória em sexto lugar na tabela, com oito triunfos e quatro derrotas além de 30 sets vencidos e 18 perdidos.
Classificado para as quartas de final, o Brasil encontrou a anfitriã Polônia, grande favorita ao título, de acordo com o chaveamento do torneio. O resultado, porém, decepcionou a torcida já que os poloneses atropelaram os brasileiros por 3 sets a 0, com parciais de 26/24, 25/21 e 25/20.
Na classificação geral, o Brasil terminou em 6º lugar com 30 sets vencidos e 21 perdidos, repetindo a campanha de 2022 quando perdeu para os Estados Unidos nas quartas de final e ficou no mesmo lugar.
Campeonato Sul-Americano em agosto
Após o desapontamento na Liga das Nações, a equipe masculina viajou em agosto para Recife, em Pernambuco, para jogar o Campeonato Sul-Americano, competição continental disputada todos os anos nas categorias adulto e base. Com 33 medalhas de ouro, o Brasil é o maior vencedor de todos os tempos, com o primeiro lugar em todas as edições, com exceção em 1964, em Buenos Aires, na Argentina, quando não participou.
Em 26 de agosto, estreou com vitória contra o Peru por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/18 e 25/11, no Ginásio Geraldão. Depois, venceu o Chile (3×0) e superou a Colômbia (3×0), ocupando a primeira posição da classificação com nove pontos. Empatado com a Argentina, era a hora de decidir a medalha de ouro.
Em 30 de agosto, as seleções vieram para a última briga do campeonato. A Argentina, que também venceu três jogos, fechou o primeiro set da final por 19/25, depois o segundo em 27/29 e o terceiro em 22/25, conquistando a sua segunda medalha de ouro e sendo responsável pela primeira derrota do Brasil, maior campeão, em toda a história do Sul-Americano.
Pré-Olímpico em setembro e outubro
Mesmo após a dolorosa perda da medalha de ouro no Sul-Americano, o elenco do Brasil não se deixou abalar. Com muito treino e palavras de incentivo da comissão técnica e do treinador Renan Dal Zotto, veio confiante para disputar o Pré-Olímpico em setembro, competição responsável por distribuir seis vagas para as Olimpíadas.
No grupo A, com sede no Rio de Janeiro, o Brasil enfrentou no Pré-Olímpico as seleções de Catar, Itália, Irã, Cuba, Ucrânia, Alemanha e República Tcheca no Maracanãzinho, em turno único sob o sistema de pontos corridos. Cada vitória entrega ao time pontos e uma melhor colocação em seu grupo. Ao fim, os dois melhores de cada chave se classificam para os Jogos de Paris.
O Brasil venceu os três sets contra o Catar em sua estreia no dia 30 de setembro. Passou apuros contra a República Tcheca, mas conseguiu virar o placar em seu favor no tie-break (3×2), perdeu para a Alemanha (1×3), venceu a Ucrânia em partida apertada (3×2) e ganhou de Cuba (3×1) sem problemas. Por fim, fechou os três sets contra Irã e, na última partida, ganhou da Itália para carimbar o passaporte até Paris (3×2 no tie-break).
Foram seis vitórias e uma derrota, com 19 sets vencidos e 10 sets perdidos. Ao fim do campeonato, o treinador Renan Dal Zotto pediu o desligamento do cargo.
Jogos Pan-Americanos em outubro
Sob o comando do técnico Giuliano Ribas, o Brasil preparou as suas malas para Santiago, no Chile, onde disputaria o Pan-Americano, maior torneio das Américas. Com a presença de Darlan, Honorato, Otávio, Felipe Roque e Lukas Bergmann, o time entrou em quadra como o grande favorito.
Integrando o grupo A, com Colômbia, Cuba e México, o Brasil estreou com triunfo nos três sets em 30 de outubro, contra os colombianos, na Arena Parque O’Higgins. Depois, superou o México sem problemas (3×0) e derrotou Cuba no tie-break (3×2) durante a terceira e última rodada. Com três vitórias e 13 pontos, a Seleção Brasileira garantiu a primeira posição em seu grupo, classificado para a semifinal direto.
Sem passar pelas quartas de final, o Brasil superou a Colômbia 3 x 0 na semifinal enquanto na final, contra a Argentina, fechou os três sets e não perdeu nenhum, com parciais de 25/23, 25/13 e 25/22. Esta é a quinta medalha de ouro da história do país no vôlei masculino do Pan.
Foram cinco vitórias em cinco partidas, com 12 triunfo em 12 sets e derrota em apenas dois, contra Cuba.
Quem vai ser o treinador do Brasil?
Assim que o Brasil confirmou a sua vaga nas Olimpíadas de Paris, o treinador Renan Dal Zotto – campeão com a nação em diferentes campeonatos – pediu para deixar o cargo. Até o momento, a CBV, a Confederação Brasileira de Voleibol não se pronunciou sobre quem será o substituto de Renan.
No Pan-Americano, quem assumiu o elenco masculino foi Giuliano Ribas, o Juba, assistente técnico de Renan durante a campanha do Brasil no Pré-Olímpico. Formado em Educação Física, o profissional tem quase 30 anos de experiência no voleibol de quadra e praia, com passagem pelo Rexona/Ades, no Paraná, e com trabalho ao lado do atleta de praia Gilmário Ricarte, o Cajá, e a dupla Ricardo/Emanuel, em 2004.
Em 2010, Juba voltou a atuar apenas no vôlei de quadra na Seleção de Bernardinho, como auxiliar técnico, campeão das Olimpíadas do Rio em 2016. No total, segundo informações da CBV, ele tem participação em cinco Jogos Olímpicos, sendo dois na praia em Atenas 2004 e Pequim 2008, e três na quadra em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.
O experiente Bernardinho não está apto a voltar para o time principal porque assumiu recentemente o cargo de coordenador das seleções adultas e de base na CBV, além de comandar o time feminino do Sesc Flamengo.
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