Osasco supera Pinheiros e é campeão do Paulista vôlei feminino 2023
Ginásio José Liberatti, em Osasco, foi o palco da segunda partida da final nesta quinta-feira
Deu a lógica: o Osasco é o grande campeão do Paulista de vôlei feminino 2023! Com o Ginásio José Liberatti lotado, a vitória esmagadora do clube em cima do Pinheiros por 3 x 0 (parciais de 25/20, 25/17 e 25/23) na noite desta quinta-feira, 5 de outubro, confirmou o 17ª título do elenco. Veja como foi a final entre as equipes.
Resultado Osasco x Pinheiro na final do Paulista vôlei feminino
O resultado não poderia ser diferente e o Osasco é quem levanta a taça do Campeonato Paulista de vôlei feminino de 2023 ao vencer os dois jogos contra o Pinheiros.
No Ginásio Henrique Villaboim, o grupo de Luizomar venceu o primeiro confronto por 3 a 0, com parciais de 26/24, 25/17 e 25/18, em atuação fora de série de Lorenne, Fabiana, Camila Brait e Tiffany. Nesta quinta, em casa, o Osasco mais uma vez mostrou porque merece ser elevado ao ranking de maiores potências do vôlei nacional após derrotar o Pinheiros sem qualquer sufoco.
Não há premiação em dinheiro no Paulista de vôlei feminino, apenas medalhas de ouro e prata são entregues para os vencedores e vice-campeões da temporada.
PRIMEIRO SET – OSASCO 25 x 20 PINHEIROS
Com o Ginásio José Liberatti lotado, o Osasco não demorou a abrir vantagem na final. Foram cinco pontos seguidos de cara, com Giovana acertando ace no segundo ponto da partida, enquanto Tiffany mirou na quadra adversária e conquistou o 11º ponto do elenco.
Sem dificuldade, o Osasco dominou o primeiro set, com destaque para Lorenne, Fabiana e Mayra. Teve até pedido de desafio do Pinheiros alegando que a bola tocou no bloqueio das jogadoras do Osasco, enquanto as imagens mostraram que a bola não tocou nas mãos das atletas.
O Pinheiros até mostrou poder de reação no finalzinho do set, mas não foi suficiente. Com ponto de Lorenne, o Osasco fechou o primeiro set por 25 a 20.
SEGUNDO SET – OSASCO 25 x 17 PINHEIROS
Mesmo com os gritos e provocações da torcida da casa ao pé do ouvido, as jogadoras do Pinheiros começaram bem o segundo set ao abrir o placar com ponto de Mara. No entanto, o Osasco conseguiu se colocar à frente e até abrir três pontos de vantagem com Mayra e Fabiana. Sem a dinâmica necessária para rodar a bola, o grupo do Pinheiros sofreu para alcançar o ritmo e a confiança das adversárias, que estão invictas no Paulista.
Tiffany foi fundamental para ampliar a diferença em até quatro pontos. Jack apareceu bem para o Pinheiros e conseguiu reverter algumas bolas, mas pressionado pela torcida e por estar atrás do placar, as visitantes erraram saques e perderam jogadas importantes, mesmo com o treinador Duda rodando e substituindo-as.
Na reta final do segundo set, o Osasco garantiu nove pontos. Enquanto o Pinheiros fez o 13º, o treinador do Osasco pediu desafio por suposto toque no bloqueio, mas as imagens mostraram que a bola de fato não tocou nas mãos das jogadoras do Pinheiros, o ponto continuou.
Com a ‘vitória’ no desafio, o Pinheiros sentiu-se agraciado e forçou para ganhar dois pontos seguidos com Isa Rocha e Carol Grossi, mas Tiffany logo colocou o Osasco de volta no jogo. Após erro de saque do time da capital, as anfitriãs chegaram ao match point e, com Lorenne, fecharam o set por 25 a 17.
TERCEIRO SET – 25/23
O primeiro ponto do terceiro set foi do Pinheiros com Mara. Com uma postura totalmente diferente, o elenco visitante conseguiu abrir a vantagem nos pontos com extrema facilidade. Isa Rocha tornou-se a principal pontuadora do elenco azul com direito a ace. Lays também apareceu muito bem.
O Osasco pediu desafio após o saque de Fabiana ir para fora da quadra e o Pinheiros marcar o ponto 18. Na revisão, o ponto permaneceu para o Pinheiros já que a bola saiu. O time da capital estacionou nos 20 pontos, enquanto os anfitriões conseguiram empatar a partida em 20 a 20 após Isa Rocha acertar a antena.
Fabiana, bicampeã olímpica, virou o placar para o Osasco. Ponto por ponto, as equipes vibraram em cada conquista e virada. Tiffany fez o ponto 24 e, para fechar, o erro de saque de Lays, a bola foi para fora e o Osasco, em 25 a 23, conquistou o seu 17º título.
Jogadoras do Osasco – líberos | vôlei feminino
Camila Brait, medalha de prata com a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Tóquio, e Silvana Papini, são as líberos do Osasco na temporada.
Aos 34 anos e 1,70 m, Camila é uma das melhores em sua função. Após dar a luz ao segundo filho, a atleta retornou para as quadras para atuar pelo seu time do coração. Ela veste as cores do Osasco há 15 anos, com dois títulos da Superliga, nove estaduais, quatro sul-americanos, duas Copa do Brasil e um Mundial de Clubes em 2012.
Camila foi convocada em 2020 para representar o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, onde jogou como titular e conquistou a medalha de prata. Ela também passou por Sacramento, Uberlândia, Praia Clube e São Caetano.
Outro destaque na função é Silvana Papini, de 35 anos. A atleta renovou o seu contrato com o Osasco pela terceira temporada consecutiva. Ela também já representou o clube paulista entre 2006 a 2009, depois 2011 e 2012 e em 2021 onde segue até hoje, somando um título da Superliga, três estaduais, uma Copa do Brasil, um Sul-Americano entre clubes e uma Salonpas Cup.
Silvana é uma veterana na função, com passagens em Sacramento, Macaé, Minas, Pinheiros, Brasília, Londrina e Balneário Camboriú. Ela também defendeu as categorias de base da Seleção Brasileira.
Centrais fazem sucesso no elenco
No vôlei, a função da central é estar sempre no centro e preparado para as jogadas de ataque, além de surpreender as adversárias com viradas de bola e bloqueios próximo da rede. Fabiana, Brionne Butler, Callie Schwarzenbach e Geovana Vitória fazem essa função no Osasco.
Fabiana Claudino, medalhista olímpica com o Brasil de 38 anos e 19,4 m, está no Osasco desde 2021, com passagens por Minas, Rexona/Ades, Unilever, Futuro, Fenerbahce, Sesi SP, Praia Clube e Hisamitsu Springs. Após uma pausa em sua carreira para o nascimento do primeiro filho, Asaf, Fabiana decidiu jogar no Osasco. Fabiana foi campeã da seleção durante as conquistas do ouro em 2008, em Pequim, e em Londres, em 2012.
A norte-americana Brionne Butler, de 24 anos e 1,94 m, foi contratada para jogar no Osasco este ano. Peça fundamental dos Estados Unidos durante a Liga das Nações, a central defendeu o Chieri, da Itália, na temporada passada, formada na Universidade do Texas.
Outra jogadora internacional é Callie Schwarzenbach, de 24 anos e 1,96 m, conhecida como o ‘paredão’ do elenco. A central defendeu o Atenienses de Manati, de Porto Rico, na temporada passada, após deixar o Long Beach State e a Universidade do Nebraska, nos Estados Unidos. O bloqueio é o seu ponto forte.
A jovem Geovana Vitória, de 23 anos e 1,88 m, também é outra atleta que está presente no bloqueio. Contratada este ano para jogar no Osasco, passou por Brasília e Blumenau. Nunca jogou na Seleção Brasileira, mas tem como o seu grande sonho vestir a camisa amarela.
+ De oposto a ponteiro: quais são as posições do vôlei
Jogadoras do Osasco – levantadoras | vôlei feminino
Na função de levantadoras estão Giovana e Kenya, responsáveis por distribuir a bola para as colegas do Osasco, forçando a jogada entre os sets. Marcar pontos e colocar as companheiras em posição de ataque é o destino das atletas.
Giovana, de 29 anos e 1,75 m, faz a sua segunda temporada no Osasco. Ela vestiu as cores do Sesi Bauru entre 2016 e 2017, até se transferir para o Rio de Janeiro onde permaneceu por cinco temporadas jogando no Sesc Flamengo e Fluminense, seu último time antes de ser contratada pelo Osasco em 2021.
Já Kenya, 23 anos e 1,85 m, renovou o seu contrato este ano pela terceira temporada seguida. O Minas até demonstrou interesse em repatriar a levantadora, mas ela decidiu permanecer em São Paulo. Ela possui passagens por Colégio Amorim, ADC Bradesco, Barueri e Pinheiros.
Osasco tem Tiffany como ponteira na temporada
Para ocupar as laterais e tanto atacar como defender o elenco, as ponteiras Glayce, Maira, Mayara, Tifanny, Amanda e Gabrielle Eduarda, a “Duda” protagonizam o meio de quadra do Osasco na temporada.
Tiffany, 38 anos e 1,94 m, é a primeira atleta trans a jogar a Superliga de vôlei feminino. Vestiu as cores do Esmoriz, em Portugal, Juiz de Fora, JTV Dero Zele-Berlare, Golem Palmi e Vôlei Bauru, até ser contratada pelo Osasco em 2021, onde permanece até hoje.
Outra ponteira é Glayce, de 25 anos e 1,87 m. Ela renovou o seu contrato este ano após uma temporada exemplar com a camisa do clube mais tradicional do Brasil, mesmo com a ruptura do ligamento do cruzado anterior do joelho esquerdo que sofreu. Glayce também jogou no CEV Brasil, Sesi SP, Sesi Vôlei Bauru e Barueri.
Maira, de 28 anos e 1,85 m, chegou este ano no Osasco. Após uma temporada no Chemic Police, ela escolheu retornar ao Brasil para jogar no clube paulista, além de contar com passagens por Pinheiros, Barueri e Flamengo. Paa o treinador Luizomar, a experiência internacional de Maira conta muito em quadra.
Mayara Barcelos, de 23 anos e 1,82 m, foi formada nas categorias de base do Fluminense. Esta é a primeira temporada da ponteira no Osasco e a estreia inédita em outro clube fora do Rio de Janeiro, ganhando cada vez mais elogios da comissão técnica.
A ponteira Amanda Danielli, de 30 anos e 1,78 m passou por Londrina, Maringá e Pinheiros na temporada passada, responsável pelo bom desempenho em quadra que fez despertar o interesse do Osasco. Trabalhar nas pontas é a função da ponteira e, com os trabalhos anteriores, Amanda mostrou que sabe muito bem faze-lo.
Duda, ou Gabrielle Eduarda, tem 24 anos e 1,87 m e é uma das principais ponteiras do elenco. O bom desempenho na temporada passada fez com que a diretoria renovasse o seu contrato para este ano. Duda já vestiu as cores do Colégio Campos Salles, ADC Bradesco, Vôlei Valinhos e Pinheiros.
Quem é Lorenne, oposta do Osasco | vôlei feminino
Aos 27 anos, a oposta Lorenne Teixeira carrega a responsabilidade de ser a principal atacante do Osasco na temporada. Com 1,87 m, a atleta retornou ao Brasil após duas temporadas no exterior, onde defendeu o Saitama Ageo Medics, do Japão, e no Lokomotiv Kalinigrado, da Rússia.
Lorenne foi convocada para participar dos treinamentos com a Seleção Brasileira para a Liga das Nações em Saquarema, no Rio de Janeiro, e chegou a participar da etapa em Brasília, mas foi cortada antes da viagem para a Tailândia.
Esta é a segunda passagem de Lorenne pelo Osasco, que defendeu o elenco por duas temporadas, fundamental nas conquistas do Paulista em 2017 e da Copa do Brasil em 2018. Ela também já defendeu o Sesc Flamengo, Barueri, Sesi de Bauru e Pinheiros.
Leia também: Darlan e Alan do vôlei são irmãos? Atletas estão na seleção brasileira