São Paulo na Libertadores: conheça a trajetória do time no maior torneio da América
São Paulo contabiliza 20 participações na Libertadores, sendo assim o clube brasileiro que mais disputou a competição. Além disso, soma três títulos, ao lado de Grêmio e Santos, o maior brasileiro vencedor do campeonato.
Um dos maiores brasileiros vencedores da Copa Libertadores com três conquistas – mesmo número de Santos e Grêmio – o São Paulo Futebol Clube chega em 2020 em sua 20ª participação no principal torneio de clubes da América.
O Tricolor do Morumbi é o clube nacional que mais vezes disputou a competição – Cruzeiro e Palmeiras vem em seguida com 18 participações – e conquistou o título nos anos de 1992, 1993 e 2005.
- Conheça a história da Libertadores.
Como foram as primeiras campanhas do São Paulo na Libertadores?
Antes de mais nada, fundado em 1930, o São Paulo conseguiu disputar a Libertadores pela primeira vez em 1972, em virtude do vice-campeonato brasileiro no ano anterior. O Atlético MG foi o campeão do Brasileiro de 1971.
A princípio, a Libertadores era disputada em formato diferente do atual.
O Tricolor se classificou em primeiro de seu grupo que tinha: Olímpia (PAR), Cerro Porteño (PAR) e Atlético MG (BRA).
Na segunda fase, na mesma chave de Independiente (ARG) e Barcelona de Guayaquil (EQU), o São Paulo ficou em segundo lugar e viu os argentinos, líderes do grupo, avançarem e serem campeões daquela edição.
Em 1974, a equipe paulista conseguiu novamente à vaga à Libertadores após mais um vice no campeonato brasileiro, mas dessa vez, o Palmeiras venceu o campeonato nacional.
A segunda participação do São Paulo na Copa Libertadores foi surpreendente.
Assim como o formato da primeira participação, o clube se classificou em primeiro num grupo que tinha o Palmeiras (BRA), e os bolivianos Jorge Wilstermann e Municipal.
Na fase seguinte, o clube ficou em primeiro novamente na chave com Millionarios (COL) e Defensor Lima (PER), mas perdeu a final para o Independiente, que naquela ocasião, conquistara seu quinto título.
Era Telê Santana no São Paulo
Após uma sequencia ruim na Libertadores, ainda mais sendo desclassificado na primeira fase nos anos de 1978, 1982 e 1987, o Tricolor do Morumbi conseguiu retornar a final em 1992.
Comandado pelo mineiro Telê Santana, o São Paulo venceu aquela edição de Libertadores após vitória nos pênaltis sobre o Newell’s Old Boys.
Na partida de ida, vitória argentina por 1 a 0. No Estádio do Morumbi o placar se repetiu, mas desta vez favorável à equipe tricolor. Na decisão por pênaltis, 3 a 2 para a equipe de São Paulo, que vencera seu primeiro título da competição.
O time-base do São Paulo na competição foi:
GOL – Zett
DEF – Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan
MEI – Adilson, Pintado, Raí e Palhinha
ATA – Müller e Elivélton
Logo depois, equipe essa que viria a ser campeã da Copa Intercontinental de 1992, após vitória em cima do Barcelona por 2 a 1.
Bi-campeonato em 1993
No ano seguinte, o São Paulo conseguiu o bi-campeonato da Libertadores.
Ao passo que novamente comandado por Telê Santana, que após o título viria a ser chamado de ‘mestre’ pela torcida, o Tricolor venceu o Universidad Católica no primeiro jogo da final por 5 a 1, e mesmo perdendo o segundo por 2 a 0, ficou com o caneco.
O time-base do São Paulo daquela edição foi:
GOL – Zetti
DEF – Vítor (Toninho Cerezo), Válber, Gilmar e Marcos Adriano
MEI – Pintado, Dinho, Raí e Palhinha
ATA – Cafu e Müller
A equipe de 1993 comandada por Telê, mas já sem o craque Raí, viria a conquistar novamente a Copa Intercontinental, dessa vez em cima do Milan, por 3 a 2.
2005 – Era Rogério Ceni
Após o título em 1993, o Tricolor chegou à final no ano seguinte, mas perdeu o título para o Vélez Sarsfield.
Com vitória por 1 a 0 para os argentinos no jogo de ida, e o mesmo placar, mas para o São Paulo no jogo da volta, a decisão foi para os pênaltis.
Mesmo jogando no Morumbi, os paulistas perderam o título nas penalidades por 5 a 3, ao passo que Palhinha perdeu a primeira cobrança.
Logo depois do vice em 1994, o clube viveu períodos turbulentos e passou 10 anos sem disputar a Libertadores.
O retorno em 2004 veio com uma campanha positiva, o segundo da competição na classificação geral, mas a desclassificação na semi para o Once Caldas, adiou o sonho dos são-paulinos pelo tri.
Em 2005, o tão sonhado tri-campeonato veio. Com um time que foi se modulando ao longo da competição, o São Paulo começou a Libertadores com Emerson Leão no comando, mas na última rodada da fase de classificação, o ex-goleiro deixou o comando da equipe para ir trabalhar no Japão.
Coube a Paulo Atuori conduzir a equipe que eliminaria o rival Palmeiras nas oitavas, Tigres (MEX) nas quartas, River Plate (ARG) na semi e faria a primeira final da competição entre clubes do mesmo país: São Paulo x Atlético PR (atual Athletico PR).
Após empate no Paraná por 1 a 1, o São Paulo goleou a equipe paranaense por 4 a 0 no Morumbi, e levantou o caneco pela terceira vez.
O time-base do São Paulo na competição foi:
GOL – Rogério Ceni
DEF – Cicinho, Fabão, Diego Lugano, Alex Bruno e Júnior
MEI – Mineiro, Josué e Danilo
ATA – Luizão e Amoroso
A equipe base campeã da Libertadores, ganharia também o Mundial de 2005 em cima do Liverpool por 1 a 0.
A saída de Luizão deu vaga a Aloísio, que na Libertadores jogava pelo Atlético PR.
O atacante foi responsável por dar o passe para o gol do volante Mineiro, na vitória do título mundial.
Campanhas de fracassos
Após o título há 15 anos atrás, o São Paulo coleciona campanhas de fracassos na Copa Libertadores.
No ano seguinte, em 2006, o clube até conseguiu chegar à final, mas perdeu o título para o Internacional.
Com derrota no jogo de ida no Morumbi por 2 a 1, a equipe são-paulina precisava da vitória no Beira-Rio, mas empatou no Sul em 2 a 2, e viu o Colorado erguer a taça.
Ao longo dos anos, depois do vice em 2006, o máximo que o gigante paulista conseguiu foi chegar na semifinal em 2010 e 2016.
Confira as campanhas do São Paulo na Libertadores desde o último título:
- Vice-campeão – 2006
- Oitavas de final (11º) – 2007
- Quartas de final (6º) – 2008
- Quartas de final (5º) – 2009
- Semifinal (3º) – 2010
- Oitavas de final (16º) – 2013
- Oitavas de final (10º) – 2015
- Semifinal (3º) – 2016
- Pré-Libertadores – 2019
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- Rogério Ceni – 90
- Danilo – 40
- Fabão – 38
- Miranda – 35
- Richarlyson – 35
- Júnior – 34
- Cicinho – 33
- Josué – 33
- Souza – 31
- Diego Lugano, Hernanes e Müller – 29
Você sabe quem são os artilheiros do São Paulo na Libertadores?
A artilharia do São Paulo na Libertadores está, até o momento, sob liderança de dois ídolos da história do clube: Rogério Ceni e Luis Fabiano, ambos com 14 gols.
- Luís Fabiano -14
- Rogério Ceni – 14
- Pedro Rocha – 10
- Palhinha – 10
- Müller – 10
- Jonathan Calleri – 9
- Washington, Grafite e Terto – 8
- Toninho Guerreiro, Rai, Aloísio e Danilo – 7