Maiores jejuns do Brasileirão: 10 times que estão há mais de 15 anos sem título
Qual destes clubes tem a maior chance de sair da fila em 2020? Veja a lista dos maiores jejuns do Brasileirão
De todos os clubes que já foram campeões brasileiros desde a primeira edição, em 1959, apenas o Guarani não disputa a Série A de 2020. São 16 times que buscam uma estrela a mais neste ano. Dez deles amargam os maiores jejuns do Brasileirão.
São clubes que estão há mais de 15 anos sem levantar a taça mais importante do futebol nacional. Alguns deles até conseguiram conquistas recentes na Libertadores e na Copa do Brasil, mas seus torcedores mais jovens continuam sem saber o que é comemorar um Campeonato Brasileiro.
Na última década, afinal, o torneio foi dominado por cinco clubes: Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, Fluminense e Flamengo, o atual campeão. O São Paulo também teve sua hegemonia, entre 2006 e 2008, mas já faz 12 anos. Antes disso, os clubes a seguir iniciavam os maiores jejuns do Brasileirão na atualidade.
Maiores jejuns do Brasileirão
Santos (15 anos)
Dois anos depois da conquista histórica de 2002, que encerrou um jejum de 34 anos sem título brasileiro, o Santos voltou a levantar a taça dois anos depois, em dezembro de 2004. O time tinha Ricardinho, Elano, Robinho e Deivid na linha de frente, e era comandado por Vanderlei Luxemburgo. Era apenas a segunda edição dos pontos corridos. Depois disso, o Santos foi vice-campeão em outras três oportunidades (2007, 2016 e 2019).
Athletico-PR (18 anos)
Cocito, Adriano Gabiru, Kléberson e Alex Mineiro foram alguns dos ídolos que levaram o Furacão à final de 2001 contra o São Caetano. O primeiro jogo, na Arena da Baixada, foi um dos mais eletrizantes da história das decisões do Brasileirão. Teve duas viradas, mas terminou com vitória rubro-negra por 4 a 2. Com direito a três gols de Alex Mineiro, que voltou a marcar no jogo de volta, em São Paulo, para sacramentar o primeiro e único título do Athletico no Campeonato Brasileiro.
Vasco (19 anos)
Mais do que todas as polêmicas que envolveram a Copa João Havelange de 2000, o torcedor vascaíno lembra muito bem daquele timaço. Afinal, foi o último grande elenco cruzmaltino, um esquadrão que estava à altura da história do Vasco. É verdade, no entanto, que o time de Romário, Euller, Juninho Pernambucano, Juninho Paulista, Felipe e Pedrinho chegou a ser pressionado pelo São Caetano antes da queda do alambrado em São Januário. Mas, na final remarcada, a vitória por 3 a 1 foi incontestável. Por outro lado, começava um dos maiores jejuns do Brasileirão – quase interrompido em 2011, quando o time campeão da Copa do Brasil lutou pelo título brasileiro contra o Corinthins até a última rodada.
Grêmio (23 anos)
Depois que aquele chute de Aílton garantiu o título do Brasileirão de 1996 contra a Portuguesa, o Grêmio chegou a ficar 20 anos sem uma conquista nacional. O jejum foi interrompido em 2016, com a conquista da Copa do Brasil. No ano seguinte, veio a Libertadores. Em 2020, o torcedor tem a certeza de que o time pode voltar a ser campeão brasileiro – desde que não poupe jogadores para priorizar a Libertadores, como vem fazendo nos últimos anos.
Botafogo (24 anos)
O dia 17 de dezembro de 1995 é uma data inesquecível para o torcedor botafoguense. O gol de Túlio Maravilha no empate por 1 a 1 contra o Santos dava ao alvinegro o primeiro título brasileiro desde 1968. E o último desde então. Depois daquele dia, a melhor posição do Botafogo em Campeonatos Brasileiros seria o quarto lugar em 2013, com o time liderado pelo holandês Clarence Seedorf.
Bahia (31 anos)
Primeiro campeão brasileiro ao derrotar o Santos de Pelé em 1959, o Bahia voltou a erguer a taça somente em 1988, depois de vencer o Inter na decisão com dois gols do lendário Bobô. Entretanto, foi a última vez em que o tricolor baiano alcançou a glória nacional.
Sport (32 anos)
Embora o Flamengo também seja considerado campeão daquele ano, o título do Sport Recife de 1987 é reconhecido pela CBF. Mas o Leão não voltaria mais a disputar o título nacional, apesar de ter conquistado a Copa do Brasil de 2008 sobre o Corinthians.
Coritiba (34 anos)
O Brasileirão de 1985 foi surpreendente: entre os semifinalistas, apenas o Atlético-MG já tinha sido campeão. Mas perdeu para o Coritiba. Na outra partida, o Bangu eliminou o Brasil de Pelotas. E a final entre Bangu e Coritiba, com 91 mil pessoas no Maracanã, foi decidida nos pênaltis. Os paranaenses acertaram todas as cobranças e asseguraram o título histórico.
Internacional (40 anos)
Em 1979, o Internacional parecia imbatível ao conquistar seu terceiro título brasileiro em cinco anos. De fato, o torcedor colorado teve muito o que comemorar desde então, com títulos da Sul-Americana, Libertadores e Mundial. Mas o jejum do Brasileirão incomoda. E não faltaram oportunidades: só nos anos 2000, foram três vices (2005, 2006 e 2009).
Atlético-MG (48 anos)
O maior dos jejuns do Brasileirão pertence ao Atlético-MG, campeão da primeira edição do torneio sob a nomenclatura atual, em 1971. O time era comandado por Telê Santana e tinha Dadá Maravilha no ataque. O título foi decidido em um triangular final com São Paulo e Botafogo, e o Galo venceu seus dois jogos. Anos depois, veio a Libertadores de 2013. Mas, em 2020, a diretoria resolveu investir alto e montou um time que vem sendo apontado como um dos favoritos ao título brasileiro. Será o fim do jejum?
Tá errado o do Grêmio. Levamos a Copa do Brasil de 2001 em cima do Corinthians.