História do Real Madrid: 10 fatos que talvez você não saiba
Da relação com o Corinthians ao retrospecto equilibrado contra times brasileiros: saiba mais sobre a história do Real Madrid
Maior campeão da Champions League de todos os tempos, disparado. Um dos times mais valiosos e vencedores do mundo. Onde craques como Di Stéfano, Zidane e Cristiano Ronaldo se tornaram lendas. A história do Real Madrid tem tudo isso, assim como outras coisas que nem todos lembram.
Em 2020, o time merengue conquistou o Campeonato Espanhol pela 34ª vez. Aliás, são tantos títulos que o torcedor até perde a conta. Mais do que títulos, a história do Real Madrid é repleta de fatos curiosos ao longo de seus 118 anos, e separamos alguns deles a seguir.
Curiosidades da história do Real Madrid no futebol
1. “Irmão” do Corinthians
Fundado em 1902 por um grupo de jovens madrilenos que praticavam o esporte recém-chegado da Inglaterra, o Madrid Football Club se espelhou em um time bem conhecido dos brasileiros na hora de escolher o escudo e a cor da camisa.
O primeiro uniforme foi criado a partir da camisa branca usada pelo Corinthian FC, clube amador de Londres que também serviria de inspiração para o Sport Club Corinthians Paulista, fundado oito anos mais tarde em São Paulo.
2. Merengues ou vikings?
Logo no começo da história do Real Madrid, os cronistas esportivos associaram o branco da camisa à cor do merengue, sobremesa bastante apreciada por lá. Assim, passaram a chamar o time de “merengues”. Mais tarde, em 1960, surgiria também o apelido de “vikings”. Afinal, depois de vencer o Frankfurt na final continental por 7 a 3, um jornal inglês comparou a goleada a uma invasão viking.
3. Papa Champions
O Real Madrid conquistou nada menos do que as cinco primeiras edições da Champions League, entre 1956 e 1960. Consequentemente, se tornou o maior vencedor da história da competição, com 13 títulos – disparado à frente do Milan, segundo colocado com sete taças. Afinal, só nos anos 2000, vieram mais cinco conquistar.
4. Primeiro ídolo foi argentino
O ciclo de vitórias da história do Real Madrid só começa depois da chegada do argentino Alfredo Di Stéfano. Após se destacar no River Plate e passar pelo Millonarios da Colombia, ele se torna uma máquina de gols em Madri. Antes dele, o time da capital espanhola sequer figurava entre os maiores campeões nacionais.
Depois dele, tudo mudou rapidamente. Logo na primeira temporada de Di Stéfano na Espanha, em 1953, o Real Madrid quebrou um jejum de 20 anos sem conquistar o título espanhol. O argentino foi o artilheiro do campeonato com 29 gols. E era só o começo.
5. Relação com a ditadura
A contratação de Di Stéfano tem a ver com a principal polêmica da história do Real Madrid: a suposta relação com a ditadura do general Francisco Franco. O argentino estava acertado com o Barcelona, mas foi parar no Real Madrid depois que a Federação Espanhola interveio na negociação.
Esta teria sido apenas uma das suspeitas de favorecimento do general Franco ao time merengue, e foi o estopim da rivalidade com o Barcelona. Afinal, o time da Catalunha estava sediado no território de maior oposição ao regime.
Existe até um documentário, chamado “A Lenda Negra da Glória Branca”, que detalha a relação do Real Madrid com a ditadura e sustenta que o franquismo interferia até na arbitragem para favorecer os merengues, a fim de usá-los como propaganda internacional.
6. Rivalidade com o Barça
Foi assim, portanto, que um clube de outra cidade acabou virando o maior arquirrival da história do Real Madrid. Por razões mais políticas do que esportivas, o Barcelona surgiu como principal antagonista dos merengues. E tudo começou dez anos antes da polêmica com Di Stéfano: em 1943, o Real Madrid venceu o Barcelona por 11 a 1 depois que representantes do governo Franco teriam feito uma “visitinha” ao vestiário catalão.
7. Mudança de estádio
Em menos de três anos de obras, o modesto estádio de Chamartín, com 25 mil lugares, deu lugar ao imponente Santiago Bernabéu, inaugurado em 1947 com capacidade para 75 mil torcedores. Dez anos mais tarde, a arena estreou a sua iluminação noturna em um jogo amistoso contra o Sport Recife, vencido pelo time da casa por 5 a 3.
8. Seca europeia
O intervalo entre os anos de 1966 e 1998 representa um “buraco” na história do Real Madrid na Champions League. Foram 32 anos de jejum continental, apesar de frequentar a competição ano após ano. Durante todo este tempo, os merengues fizeram apenas uma final, em 1981, e perderam para o Liverpool. A redenção veio dos pés de Predrag Mijatović, autor do gol da vitória sobre a Juventus de Zidane na final de 1998.
9. Era galáctica
Três anos depois de perder a final europeia para o Real Madrid, Zinedine Zidane acabou se juntando ao famoso esquadrão dos Galácticos no começo dos anos 2000. Naquela época, eles também tinham Ronaldo Fenômeno, Luís Figo e David Beckham no mesmo time – fora os craques que já estavam lá, como Roberto Carlos e Raúl González.
Mas nem só de galácticos vive o time merengue. Ao longo da história do Real Madrid, alguns craques brasileiros fizeram história por lá. É o caso, por exemplo, de nomes como Ronaldo, Roberto Carlos, Marcelo e Casemiro. Outros, no entanto, não deixaram saudades. Você sabia que o Rodrigo Fabri já vestiu a camisa merengue? O atacante Willian José também, assim como Pablo, do São Paulo, e Lucas Silva, hoje no Grêmio.
10. Dificuldade contra brasileiros
Engana-se quem pensa que os merengues têm vida fácil contra times daqui. Na história do Real Madrid, foram 39 confrontos contra clubes brasileiros, e o retrospecto é equilibrado: 16 vitórias, 10 empates e 13 derrotas. O último duelo foi a final do Mundial de Clubes de 2017 contra o Grêmio, vencida por 1 a 0 com um gol de falta de Cristiano Ronaldo.
Mas há outros clubes do Brasil que têm boas lembranças do Real Madrid. É o caso do Corinthians, que deu show no empate por 2 a 2 na campanha do título do Mundial de Clubes de 2000. Flamengo, Santos, São Paulo, Fluminense, Palmeiras e Vasco estão entre os times brasileiros que já derrotaram o time espanhol.