Limite de substituições no futebol: como é a nova regra de 2022?
Novo formato começou a valer na pandemia
Foi aprovado em 2022 um novo limite de substituições no futebol. Desde o início da pandemia do Covid-19, o número de substituições no futebol tinha subido para cinco durante toda a partida. E esse aumento só corroborou para a decisão final.
A International Football Association Board (IFAB), órgão que regula as regras do esporte, aprovou a nova medida após uma reunião realizada em Doha, no Catar, ainda em junho. A decisão valerá para a Copa do Mundo 2022.
Tem prorrogação na Copa do Mundo?
Qual é o limite de substituições no futebol?
Se antes só eram permitidas por jogo três substituições no futebol, agora esse número aumentou para cinco. Em 2020, foi decidido que, por causa da pandemia, haveriam duas substituições a mais por partida, totalizando cinco. A medida seria temporária, porém foi aprovada em caráter definitivo a partir de 2022.
De acordo com a nova regra aplicada sobre a substituições no futebol, as cinco alterações devem ser realizadas em apenas três paralisações durante a partida, ou no intervalo do jogo. Além dessas cinco substituições, uma extra é permitida em caso de prorrogação.
A regra funciona para todas as competições de futebol. Até mesmo a Premier League, principal competição da Inglaterra, adotará a nova medida a partir da temporada 2022/2023. Dentre os principais torneios da Europa, ela era a única que ainda mantinha o formato antigo de três substituições.
Limite de substituições na Copa do Mundo
No caso da Copa do Mundo 2022, a regra já valeria de qualquer forma, mesmo antes de ser firmada definitivamente. Além das cinco substituições certas no futebol Mundial, os treinadores também poderão contar com 26 convocados para cada seleção na Copa, e não mais 23 atletas, como se convencionou nos Mundiais.
Quando começaram as substituições no futebol?
A primeira substituições no futebol marcada ocorreu em 1958. A medida surgiu para diminuir o impacto das equipes que sofriam com atletas lesionados durante o confronto. Com o passar dos anos, a regra foi se consolidando, até de fato, se tornar praxe na dinâmica das partidas.
A oficialização ocorreu apenas em 1970, na Copa do Mundo do México. Na época, eram autorizadas duas substituições por time. Inclusive, a primeira modificação surgiu logo na abertura do Mundial daquele ano.
O russo Viktor Serebrjanikov, meia da ex-União Soviética, foi o primeiro jogador a se ter registro oficial, que deixou o gramado para entrada de um companheiro de equipe. Na sua vaga, entrou o atleta Anatoliy Puzach. A partida em questão ocorreu entre União Soviética e México logo na estreia da Copa do Mundo, em 31 de maio. O jogo terminou empatado em 0 a 0.
Vale lembrar que o ano de 1967 também foi um marco no quesito de substituições do futebol. Até então, as trocas só podiam ser feitas em caso de jogadores lesionados. Mas, em 67, foi quando houve a primeira substituição tática, em outras palavras, uma substituição estratégia para aperfeiçoar o jogo da equipe.
Já em 1992, foram introduzidas três substituições durante uma partida de futebol. Só que nessa época, havia restrições para a substituição na partida: só era feita a terceira alteração no caso do goleiro se machucar. Só em 1995 foi atendido o pedido das três substituições no futebol por completo.
Mas, e se houver prorrogação?
Nesses casos, desde 2018, foi permitido que houvesse uma substituição extra durante a prorrogação, podendo o técnico optar por colocar qualquer outro jogador em campo.
Substituição marcante em Copa do Mundo
Mesmo não entrando em campo, os treinadores podem mudar amplamente o destino de uma partida graças às substituições que fazem durante o jogo. Seja colocando o autor deum gol ou reforçando a defesa, mexer na equipe pode mudar o resultado final completamente.
Um caso em especial marca a história das Copas do Mundo. Na edição realizada no Brasil, em 2014, quando o limite de substituições no futebol ainda era de três jogadores, o então técnico da Holanda, Louis Van Gaal, decidiu inovar.
Nas quartas de final, disputada entre Holanda e Costa Rica, na Arena Fonte Nova, terminou 0 a 0 no tempo normal e seguiu para a prorrogação. Neste tempo extra, o treinador optou por guardar a última substituição que tinha para o fim, tirando o goleiro Cillessen para colocar Krul, especialista em cobranças de pênalti.
E a estratégia deu certo. Durante as cobranças alternadas, o goleirão fechou tudo e conseguiu defender dois pênaltis cobrados pela Costa Rica. Assim, classificou a seleção laranja para a semifinal da Copa do Mundo 2014 e virou o herói da noite.
O critério de gol fora de casa ainda funciona?
Além da regra que permite cinco substituições nos jogos de futebol de maneira oficial, outra medida que gerou repercussão no mundo da bola nos últimos anos foi o critério do gol fora.
As principais competições do esporte ao redor do mundo não aceitam mais o critério de gol fora de casa como desempate de partidas. Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana, Recopa Sul-Americana, Liga dos Campeões, Liga Europa são exemplos de competições em que já valeram o gol qualificado como critério de desempate, no entanto, não mais o aceitam.
A mudança no regulamento tem como principal objetivo trazer maior “justiça ao futebol”. Sendo assim, em caso de empate, na maioria dos jogos, as partidas são disputadas até a prorrogação ou nos pênaltis.