Camisa da Seleção Brasileira 2022: o que pode ou não escrever
Nomes de candidatos políticos e termos religiosos estão barrados pelo site da fornecedora para personalização
Pensando em comprar uma camisa para a Copa do Mundo? No site oficial, a Nike lançou a camisa da Seleção Brasileira 2022 com dois modelos, a tradicional amarela e a azul, além dos trajes de goleiro e jaquetas em edições especiais. No entanto, uma polêmica envolvendo a proibição de termos religiosos e até nomes de candidatos no site da fornecedora esportiva tomou conta das redes sociais, deixando torcedores na dúvida.
A seguir, separamos o que de fato pode e não pode escrever na Camisa da Seleção Brasileira 2022 da Nike.
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O que pode ou não na camisa da Seleção Brasileira 2022
Assim que a Nike disponibilizou à venda os diferentes modelos da camisa da Seleção Brasileira 2022 em site oficial, torcedores notaram que alguns nomes não estão disponíveis para personalização do uniforme do Brasil. Termos religiosos como “Jesus”, Exu”, “Maomé”, e “Cristo” não podem ser usados.
A nova camisa do Brasil, feita exclusivamente para a Copa do Mundo do Catar, custa R$349,99 o modelo masculino e feminino, tanto a amarela como azul. Já o infantil tem o valor de R$299,99.
Nomes de candidatos políticos como “Lula”, “Bolsonaro”, “Ciro Gomes” ou até mesmo “Tebet”, por exemplo, também não estão disponíveis. Estes são candidatos à Presidência da República no Brasil, impedindo a manifestação política próximo das eleições.
Para verificar se os nomes estão de fato fora do sistema, o portal DCI fez o teste através do site da Nike com os nomes que envolvidos na polêmica da camisa da Seleção Brasileira 2022, tanto na camisa amarela ou azul, masculina e feminina.
A primeira opção é colocar o próprio nome. Como é possível observar na foto a seguir, está disponível no sistema. Nomes comuns podem ser encontrados facilmente.
Depois, testamos nomes de candidatos políticos. Termos como “Lula”, “Bolsonaro”, “Ciro Gomes”, “Moro”, “PT”, “STF”, “Lula Livre”, “Mito”, “Dilma”, “Tebet”, “Doria”, “Bolsomito”, ” Comunista”, “Petista”, “Ciro Gomes”, “Partido”, “Lula La”, “ACM Neto”, “Haddad” e até “Democracia” ficam de fora na personalização da camisa da Seleção..
O teste foi feito tanto na camisa amarela como na azul, feminina e masculina ou infantil. Ao digitar o nome do candidato ou significado, o site indica a mensagem “Personalização indisponível”, como mostra a imagem abaixo.
Completando a polêmica, termos religiosos também estão fora da personalização da camisa da CBF. De início, apenas os termos “Exu” foram vetados, enquanto figuras religiosas estavam disponíveis. Agora, tanto “Exu” como Maomé”, “Jesus”, “Cristo”, “Ogum”, “Deus” e “Omulu” aparecem indisponíveis.
Os termos “Iemanjá” e “Geovaé”, no entanto, estão disponíveis conforme testamos no site oficial da Nike.
O que diz a Nike sobre a polêmica?
Em nota direcionada ao portal UOL na terça-feira, 16 de agosto, a empresa Nike, fornecedora esportiva oficial da Seleção Brasileira, informou que “não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou palavrões”, disse.
Assim que a divulgação da proibição de nomes religiosos se espalhou nas redes sociais, alguns internautas notaram que nomes como “Jesus” e “Cristo” estavam disponíveis, enquanto “Exu” não. A empresa informou em nota para o portal UOL que tratava-se de um erro no sistema, e que seria corrigido.
A Nike garantiu que o sistema é atualizado todos os dias.
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