Conheça as regras do Goalball, modalidade que Brasil é potência
País chega aos Jogos Paralímpicos como um dos principais candidatos a garantir um lugar no pódio, nas categorias masculina e feminina.
Dentre os 22 esportes presentes nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, uma que certamente o Brasil entra com chances de medalha é o Goalball. A modalidade é a única presente no evento, que não é uma adaptação. Foi feita exclusivamente para pessoas com deficiência visual e com regras bem específicas para os praticantes do Goalball.
Quais são as regras do Goalball?
O Goalball é jogado entre duas equipes compostas por um time três jogadores titulares e três reservas. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). E o tempo de um jogo é composto por dois períodos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo.
Em cada lado da quadra, há um gol de 9m de largura e 1,30m de altura. Ao mesmo tempo que os atletas precisam arremessar a bola para atacar e fazer o gol, precisam também defender sua baliza. Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, nas regras do goalball o arremesso precisa ser rasteiro ou tocar ao menos uma vez nas áreas determinadas. Quem fizer mais gols, vence o jogo. Veja abaixo um vídeo sobre o esporte.
Como os atletas possuem graus diferentes de deficiências visuais, todos usam uma venda nos olhos. Dessa forma, a bola do jogo tem um guizo em seu interior com o intuito de que os jogadores saibam sua direção. O objeto tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
Por se tratar de um esporte em que é necessário ter muita atenção auditiva, é proibido os gritos e barulhos no jogo, mas com exceção de momentos específicos como o gol e o reinício da partida, além das paradas oficiais previstas nas regras do goalball.
A modalidade é a única presente nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que não é uma adaptação. O esporte foi criado pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, mas em 1946, para veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão.
Goalball no Brasil
O esporte chegou ao país em 1985, através do professor Steven Dubner, que conheceu as regras do goalball nos Estados Unidos e então trouxe para São Paulo para difundi-lo no país. Ao longo dos anos, a modalidade evoluiu e o país compete nos Jogos Paralímpicos nas modalidades femininas e masculinas.
Embora não tenha nenhuma medalha nos Jogos, o país é um dos fortes concorrentes a subir no pódio em Tóquio. A equipe masculina é bicampeã mundial (2014 e 2018), além de ter três título no Parapan-Americanos (2011, 2015 e 2019).
O país estreou no goalball na edição de Pequim-2008. Mas em Londres-2012 veio a primeira medalha, com a prata conquistada pela equipe masculina. Na decisão, o time tupiniquim perdeu para a Finlândia, uma das potências. Já na Rio-2016, o time masculino ficou com o bronze, enquanto o feminino terminou em quarto lugar.
Títulos no masculino
Campeonato Mundial: 2 (2014 e 2018)
Jogos Parapan-Americanos: 3 (2011, 2015 e 2019)
Campeonato das Américas: 1 (2017)
Jogos Paralímpicos: Prata (2012) e Bronze (2016)
Títulos no feminino
Jogos Parapan-Americanos: 2 (2015 e 2019)
Mundial de Jovens: 1 (2019)
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