Brasil x Uruguai: 5 jogos inesquecíveis entre os rivais
Poucos clássicos entre seleções no mundo têm tanta história quanto Brasil x Uruguai; relembre os jogos que alimentaram essa rivalidade
Entre jogos de eliminatórias, decisões de Copa América e até uma final de Copa do Mundo, Brasil e Uruguai já se enfrentaram 76 vezes na história. A seleção brasileira leva vantagem com 36 vitórias, 20 derrotas e 20 empates. No entanto, os uruguaios sempre deram trabalho.
O próximo capítulo dessa história será escrito nesta terça-feira (17), em Montevidéu, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. O Brasil não perde para o Uruguai desde 2001, quando a seleção que ganharia o penta foi derrotada por 1 a 0 no Estádio centenário. Ou seja: a geração de Suárez e Cavani nunca teve a sensação de vencer os pentacampeões mundiais.
Aliás, na última vez em que o Brasil foi ao Centenário enfrentar o Uruguai, Paulinho fez três gols e a equipe de Tite goleou por 4 a 1. Por outro lado, apesar de levar vantagem no retrospecto geral e também nos títulos de Copa do Mundo, a seleção brasileira está bem atrás no número de conquistas continentais. Enquanto os uruguaios colecionam 15 títulos de Copa América, os brasileiros têm apenas nove.
História de Brasil x Uruguai
Mas a importância do duelo entre Brasil e Uruguai vai muito além dos números. Afinal, as duas seleções já protagonizaram jogos épicos, com muita história para contar. Veja a seguir, portanto, os cinco jogos inesquecíveis entre a celeste e a amarelinha.
Final da Copa de 50
O eterno Maracanazo premiou a superação e a raça da seleção uruguaia diante do favoritismo escancarado do Brasil, que jogava em casa e vinha atropelando seus adversários. Apesar de ter entrado para a história como a “final” da Copa de 1950, aquele jogo, na verdade, foi o encerramento do quadrangular final. E a seleção brasileira só precisava de um empate para confirmar o título.
Assim, o recém-inaugurado Maracanã ficou abarrotado com quase 200 mil torcedores na expectativa por uma festa brasileira. Quando Friaça abriu o placar para o time da casa, o título parecia inevitável. Faltou, no entanto, combinar com Ghiggia e Schiaffino, os autores dos gols que deram a virada e o bicampeonato mundial para o Uruguai.
Semifinal da Copa de 1970
Vinte anos depois do fatídico Maracanazo, Brasil e Uruguai voltaram a se enfrentar em uma Copa do Mundo. O jogo valia uma vaga na final da Copa de 1970. A seleção brasileira saiu perdendo, mas contava com o lendário esquadrão de Pelé, Tostão, Rivellino, Jairzinho e companhia.
Depois de tanto pressionar, o gol do empate saiu com Clodoaldo. Jairzinho virou o jogo, e Rivellino deu números finais ao placar após completar jogada de Pelé. O camisa 10 ainda quase marcou um golaço após tirar o goleiro adversário da jogada com um drible de corpo. O Brasil avançou à final e ficou com o título após passar pela Itália.
Copa América de 1989
Brasil e Uruguai no Maracanã, valendo título. A lembrança do Maracanazo poderia intimidar alguns jogadores, mas não o craque Romário. Foi dele o gol da vitória e do título da Copa América de 1989. O Baixinho marcou de cabeça e espantou o fantasma de 1950 – pelo menos por enquanto.
Eliminatórias da Copa de 1994
O maior jogo de Romário contra o Uruguai, no entanto, foi na rodada final das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. O Brasil fazia uma campanha irregular, e precisava pelo menos empatar contra o Uruguai para carimbar a vaga. Após o corte de Müller, o técnico Carlos Alberto Parreira cedeu à pressão popular e finalmente convocou o Baixinho para a partida decisiva.
Romário, então, simplesmente acabou com o jogo. Além de infernizar a defesa uruguaia com seus dribles e arrancadas, ele fez os dois gols da vitória que assegurou a presença da seleção brasileira no Mundial dos Estados Unidos. Para completar, o camisa 11 ainda seria o principal jogador da conquista do tetra.
Copa América de 1995
Uma final emocionante e disputada, que representa muito bem a história do confronto. Assim foi a decisão da Copa América de 1995 entre Brasil e Uruguai. Ainda nas quartas, a seleção brasileira eliminou a Argentina após o célebre gol de Túlio Maravilha, que “tirou a bola para dançar” com o braço.
Na final contra o Uruguai, que jogava em casa, Túlio abriu o placar. Mas o Brasil não conseguiu segurar o forte ataque comandado pelo lendário Enzo Francescoli. Assim, Bengoechea empatou, e a decisão do título foi para os pênaltis. Mas Túlio desperdiçou sua cobrança, e os uruguaios comemorarm o título no Estádio Centenário.