Ruth de Souza morre vítima da Covid; relembre títulos no basquete
Jogadora natural de Três Lagoas-MS, fez parte da geração de ouro do basquete feminino e marcou seu nome na história da modalidade no país.
A profissional de Educação Física e ex-jogadora de basquete, Ruth Roberta de Souza, popularmente conhecida como “Rutão” faleceu na manhã desta terça-feira (13), vítima de complicações do novo coronavírus (Covid-19). Campeã mundial com a seleção brasileira em 1994, a ex-pivô veio a óbito em Três Lagoas-MS, sua cidade natal. A sul-mato-grossense fez parte da geração de ouro do basquete feminino e marcou seu nome na história. Veja então suas conquistas.
Além de estar presente na histórica conquista do mundial, Ruth de Souza vestiu a camisa da seleção verde e amarela nos Jogos Pan-Americanos de Havana (1991) e nos Jogos Olímpicos de Verão de Barcelona (1992). Logo depois da conquista de 1994, a atleta retornou a Mato Grosso do Sul para trabalhar como técnica de basquetebol.
Geração de ouro do basquete feminino brasileiro
Ruth de Souza está marcada na história do basquetebol nacional. Esteve na conquista do Pan-Americano de Havana, em 1991, quando a equipe bateu na final a então anfitriã Cuba. Além do ouro, a pivô participou da campanha da primeira participação olímpica da equipe, nos Jogos de Barcelona, na Espanha, em 1992.
No entanto, sua grande conquista veio anos depois. No dia 12 de junho de 1994, ela entrou para a história do esporte ao conquistar o primeiro título Mundial da seleção feminina de basquete. A conquista coroou toda uma geração de ouro do basquete feminino, como Hortência, Magic Paula e Janeth.
Na competição disputada na Austrália, o time brasileiro conseguiu seis vitórias em oito jogos, incluindo o então triunfo histórico diante dos Estados Unidos, na semifinal. Na decisão do torneio, a equipe encarou a China, em jogo com cara de revanche. Brasileiras e chinesas já haviam se enfrentado no Mundial, mas com vitória das asiáticas. No entanto, na decisão deu Brasil por 96 a 87.
O time comandado pela Rainha Hortência, de longe, não era favorito. A equipe deixou o Brasil sem holofotes e sem conceder entrevistas, entretanto, retornaram como heroínas e marcaram seus nomes na história do basquetebol do país.
CBB lamenta morte de Ruth Souza
A Confederacão Brasileira de Basketball (CBB) prestou sua homenagem a jogadora por meio das redes sociais. Atletas históricas da seleção como a Rainha Hortência e Magic Paula, presentes com Ruth então no Mundial, também manifestaram suas condolências.
“Infelizmente recebemos a notícia que nossa grande amiga e companheira, a Ruth, se foi, e uma atleta que nos ajudou muito a ser campeã do mundo. Acompanhamos por todo esse tempo a angústia, angustiadas mesmo com as notícias dos familiares no nosso grupo das campeãs mundiais no WhatsApp. Acompanhamos passo a passo tudo que aconteceu, torcendo de longe para que ela segurasse essa onda. Mas não foi possível. O que temos a fazer é agradecer o que ela fez pelo basquete feminino. E que Deus receba ela de braços abertos. O basquete está triste. E vamos rezar para que ela seja recebida com festa lá no céu”, disse Hortência, cestinha do Brasil no título de 94.
Em nota, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) lamentou o falecimento da atleta:
“Em vida, Ruth recebeu diversas homenagens da Confederação Brasileira de Basketball nas últimas duas décadas, sempre em referência à sua garra em quadra, seu carisma, entrega e dedicação ao esporte. Ruth deixa um exemplo de como é possível combater o bom combate, ser firme, raçuda em quadra, defender as cores do Brasil, mas sem perder o fair play. Ruth, nós nunca esqueceremos o seu sorriso!”
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