Com aporte, fintech Brex tem valor elevado para US$ 7,4 bi
Startup criada por dois brasileiros e com foco em soluções de crédito recebeu investimento de US$ 425 milhões
A Brex, fintech criada pelos brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi com operação nos Estados Unidos, anunciou, na terça-feira, 26, que seu valor de mercado saltou para mais de US$ 7,4 bilhões. O equivalente a mais de R$ 40 bilhões, na cotação de hoje.
O salto de valor da Brex, que é focada em soluções de crédito para startups, acontece logo depois de a empresa receber um investimento série D no valor de US$ 425 milhões. O aporte foi liderado pelo fundo de investimentos Tiger Global e contou com participações de fundos como TCV, GIC, Baillie Gifford, Madrone Capital Partners, Durable Capital Partners LP, Valiant Capital Management e Base10.
“Nossos investidores, anteriores ou novos, acreditam em equipe, modelo de negócios, visão de produto, consumidores e futuro da Brex”, disse Henrique Dubugras, cofundador da Brex, por meio de comunicado, na época de anúncio do aporte. “Essa nova rodada de investimentos dará combustível para nosso crescimento.”
“Estamos animados em nos juntar à empresa enquanto ela continua crescendo rapidamente, inovando em produtos oferecidos, expandindo sua base de consumidores e liderando em uma indústria dominada por players tradicionais e com grande participação de mercado”, complementa Scott Shleifer, sócio do Tiger Global, investidor da Brex.
História da Brex
Fundada em 2017, a fintech se tornou unicórnio, ou seja, com valor acima de US$ 1 bilhão, com apenas dois anos de operação. Antes da Brex, Dubugras e Franceschi já tinhan sido sócios na Pagar.me, criada durante o Ensino Médio. Depois, a fintech de pagamentos foi vendida para a Stone com clientes como Magazine Luiza.
Com o sucesso da primeira empreitada, Dubugras e Franceschi foram estudar na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Foi lá que eles perceberam a dificuldade de colegas empreendedores na tarefa de conseguir cartões de crédito corporativos. Em 2017, saíram de Stanford, entraram no programa de aceleração da Y Combinator e colocaram a Brex para rodar no mercado a partir do Vale do Silício.
Após o primeiro passo com o cartão de crédito corporativo, a empresa também lançou uma plataforma de gestão financeira a negócios de pequeno, médio e grande porte e ganhou terreno em uma área ignorada por bancos e instituições financeiras tradicionais. Com isso, no primeiro trimestre de 2021, a Brex diz ter crescido seu número de clientes em 80%.