Vai ter greve dos caminhoneiros dia 1 de novembro?
Caminhoneiros exigem revisão na política de preços praticada pela Petrobras
Uma greve dos caminhoneiros em 1 de novembro em todo o Brasil pode estar a caminho. Lideranças da categoria já acenaram que a paralisação e a pauta principal é a redução no preço do diesel, gasolina, gás de cozinha e outros derivados do petróleo. Em outubro, o preço médio do diesel está sendo vendido a R$ 5,033 por litro.
Vai ter greve dos caminhoneiros em 1 de novembro?
Caminhoneiros autônomos de todo o Brasil prometem entrar em greve a partir do dia 1 de novembro contra a alta dos preços do combustível. A data da paralisação foi decidida pela categoria e transportadores sindicalizados da categoria em reunião no Rio de Janeiro no dia 16 do mês de outubro.
Para evitar a greve da categoria, Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu a criação de um auxílio para 750 mil caminhoneiros autônomos, mas a proposta parece não ter sido suficiente.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e a Abrava Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos indicaram que o interesse é na redução de preços, e não no benefício.
Os trabalhadores exigem revisão na política de preços praticada pela Petrobras e a atualização da tabela de Piso Mínimo de Frete. Ainda não se sabe qual a proporção de adesão da classe.
Veja a proposta do auxílio para caminhoneiros
Quem organiza a greve dos caminhoneiros?
Além da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), também assinam o documento que sugere uma eventual greve dos caminhoneiros em 1º de novembro, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a CNTTL.
Se o governo não apresentar medidas de curto prazo, o país amanhecerá parado no dia 1º. Serei o primeiro”, disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, ao Canal Rural. Ele está na organização do movimento.
Também se posicionaram os representantes das demais. De acordo com Dahmer, a pauta é a mesma desde, pelo menos, fevereiro deste ano. Não é um assunto novo para o governo, nem para o STF [Supremo Tribunal Federal] ou para o Legislativo, que conhecem as nossas demandas”.
Por fim, o presidente do CNTRC, Plínio Dias, diz que “ou o governo senta com a categoria para fazer um trabalho, chama as partes envolvidas – Petrobras, STF, Congresso – para atender à pauta antes do dia 1º, ou paramos o país”.
Quando teve paralisação dos caminhoneiros no Brasil?
Recentemente, caminhoneiros fizeram paralisações em alguns trechos de estradas pelo país. Isso ocorreu depois do dia 7 de setembro. Em geral, quem se mobilizou estava contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e em favor do presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).
O Ministério da Infraestrutura informou que atos ocorreram em ao menos 15 estados brasileiros. Além disso, a pasta registrou no mínimo 110 bloqueios ou focos de protesto. No entanto, o próprio Bolsonaro pediu, em um áudio, que eles deveriam parar de fazer essa greve, para evitar desabastecimento e aumento no preço de produtos.
Entretanto, vale dizer que alguns dos manifestantes se declaram independentes nesse momento, de um apoio político bolsonarista. Além disso, nem todos os profissionais estavam de acordo com a greve.
Anteriormente, em 2018, chegaram a fazer uma enorme paralisação em todo o Brasil. Naquele ano, a maior reinvindicação era o preço do diesel e do frete. O movimento durou por cerca de 10 dias. Naquele momento, caminhoneiros e empresários protestavam por causa da alta dos combustíveis, e tinham apoio declarado de Bolsonaro, até então, candidato à presidência, pelo PSL.