Vai fechar? Entenda a recuperação extrajudicial das Casas Bahia
Um dos maiores grupos varejistas de eletrônicos e móveis do país, o grupo Casas Bahia tem dívida de R$ 4,1 bilhões
A Casas Bahia divulgou na noite de domingo, 28 de maio, que entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para evitar falência. A companhia afirmou que as dívidas dela somam R$ 4,1 bilhões, e a medida visa reduzir os custos dos pagamentos aos seus principais credores: Bradesco e Banco do Brasil, que juntos possuem 66% das dívidas da operação.
O que é pedido de recuperação extrajudicial?
O pedido de recuperação extrajudicial ocorre quando a empresa entra em negociação com seus credores, sem intervenção da Justiça. Neste caso, o grupo Casas Bahia está em negociação com o Bradesco e BB.
Já a recuperação judicial é uma possibilidade criada a partir da Lei de Recuperação de Empresas e Falências nº 11.101/2005, também conhecida como Lei de Falências, e que tenta evitar que a empresa “quebre” durante uma crise financeira.
Na Justiça, o negócio consegue suspender e renegociar parte das dívidas, impedindo que recursos sejam retirados do caixa para o pagamento de credores durante um período de 180 dias.
Enquanto a empresa preserva seu caixa, ela também inicia um processo de negociação com as instituições que forneceram crédito ou recursos para traçar um plano de recuperação. Os credores precisam dar aprovação ao plano em assembleia.
A Casas Bahia vai fechar?
O grupo Casas Bahia vive um momento de enxugamento, isso porque, a varejista ainda não abriu novas lojas em 2024 e encerrou a operação de 55 pontos de venda no ano passado. Apesar do cenário, a lojista não deve fechar.
Para voltar aos tempos de prosperidade, a companhia montou um plano para o alongamento da dívida de R$ 4,1 bilhões, que pode ser paga em uma espécie de carnê: em até 72 meses (6 anos), além de outras negociações de juros.