Taxa Selic é mantida em 2% após reunião do Copom
Trata-se da quarta vez seguida neste patamar e os analistas já esperavam por esse resultado.
O Comitê de Política Monetária (Copom) finalizou a sua primeira reunião do ano ontem (20), a qual começou no dia anterior. O órgão do Banco Central decidiu então manter a taxa Selic em 2% ao ano. Trata-se da quarta vez seguida neste patamar e os analistas já esperavam por esse resultado.
A decisão foi tomada por unanimidade, e considera o cenário básico e balanço de riscos. Além disso, o BC avalia que reformas e ajustes são necessários para uma recuperação efetiva da economia brasileira.
Taxa Selic em 2% ao ano
A decisão do Copom de manter a taxa Selic em 2% ao ano, ocorreu mesmo em meio ao aumento da inflação de alimentos em alguns setores. Em seu comunicado, a instituição explicou que há risco de baixa e alta da inflação. No primeiro caso, o nível de ociosidade pode influenciar em uma inflação baixa, o que é destacado com a reversão lenta dos efeitos da pandemia de Covid-10. O que por consequência pode trazer um ambiente de incerteza e aumento da poupança.
Já no segundo caso, se estima que uma ampliação de políticas fiscais para enfrentar a pandemia e que piore a trajetória fiscal, pode elevar os prêmios de risco. Sendo assim, o risco fiscal pode trazer inflação mais alta que o esperado.
Cenário interno e externo
Entre as observações para manter a Taxa Selic em 2% ano, o Banco Central explica que no cenário externo o aumento do número de casos e registro de novas cepas da Covid-19, devem afetar a atividade econômica no curto prazo. Ao passo que no médio prazo, estímulos fiscais podem promover uma recuperação sólida.
Na atividade econômica do Brasil, indicadores do fim do ano de 2020 são favoráveis, mas não cobrem os efeitos que podem surgir a partir do aumento do número de casos do vírus no início de 2021. Ainda há incerteza sobre o crescimento econômico, o que ocorre junto à perda dos efeitos dos auxílios emergenciais.
Projeções para a inflação
Nota-se que a taxa Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, ajuda a manter o controle da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O Copom informa que a alta dos preços das commodities internacionais e em consequência dos preços de alimentos e combustíveis, causam a elevação das projeções de inflação nos próximos meses. Mesmo assim, o órgão mantém o diagnóstico de que são choques temporários.
No ano passado, o IPCA fechou em 4,52%, acima do centro da meta, de 4%. Para este ano de 2021, a expectativa de inflação, segundo o boletim Focus, é em torno de 3,4%. Para 2022 o índice fica em 3,5%, e 2023, em 3,25%.
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