Salário mínimo deveria ter sido R$ 5.005,91 em outubro, aponta Dieese
O custo com gastos básicos é o maior entre os dez meses de 2020. O valor da cesta básica é quatro vezes maior que o salário mínimo vigente.
O salário mínimo de R$ 1.045,00 não é suficiente para custear os gastos mensais dos brasileiros, aponta pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Sendo assim, uma família de quatro membros, dois adultos e duas crianças, precisaram de R$ 5.005,91 para o mês de outubro.
Dessa forma, o valor da cesta básica corresponde a 4,79 vezes a mais do valor do salário mínimo vigente no país em 2020. O cálculo do Dieese tem como base o valor das cestas básicas entre 17 capitais brasileiras.
“No mês passado, o conjunto de alimentos básicos custou mais em São Paulo (R$ 595,87). A cesta básica mais barata foi registrada em Natal (R$ 436,76). Brasília (R$ 490,48) teve a maior variação percentual no custo da cesta básica, com alta de 10,03%.”
Por fim, o mês de outubro foi o mês mais caro, em relação aos meses anteriores. Portanto, os valores da cesta básica, mês a mês, são de:
- Janeiro – R$ 4.347,61
- Fevereiro – R$ 4.366,51
- Março – R$ 4.483,20
- Abril – R$ 4.673,06
- Maio – R$ 4.694,57
- Junho – R$ 4.595,60
- Julho – R$ 4.420,11
- Agosto – R$ 4.536,12
- Setembro – R$ 4.892,75
- Outubro – R$ 5.005,91
Salário mínimo de 2021
O valor do salário mínimo não deve acompanhar os custos com a necessidade básica. Sendo assim, deve ficar em R$ 1.067,00 em 2021, R$ 22 a mais que o vigente em 2020.
O reajuste do salário mínimo é anual e estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Dessa forma, a revisão do novo valor acontece por proposta no Orçamento da União, com apresentação no Congresso Nacional. Depois disso, integra o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para aprovação e assim, entrar em vigor no ano seguinte.
De acordo com a LDO para 2021, o piso salarial não tem aumento real pela segunda vez consecutiva, se restringindo à correção pela inflação deste ano, 2020.
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