Saiba como Joseph Safra se tornou o homem mais rico do Brasil
A pessoa mais rica do Brasil e o banqueiro com a maior fortuna do mundo, dono do banco Safra morreu na manhã de hoje (10), por causas naturais.
Na manhã de quinta-feira (10), o banqueiro mais rico do mundo e a pessoa mais rica do Brasil, Joseph Safra faleceu. A morte foi por causas naturais, como indica nota enviada pelo Banco Safra. Safra deixa a esposa Vicky Sarfaty, quatro filhos e 14 netos. Embora, tivesse a maior conta bancária do Brasil, Joseph prezava pela segurança e se mantinha longe dos holofotes. Confira mais curiosidades sobre a vida do banqueiro.
Quem foi Joseph Safra?
Nascido no final da década de 1930, em Beirute, na Síria, dentro de uma família judaica, Joseph se mudou para o Brasil em 1962. Conseguiu a cidadania brasileira anos depois. O bilionário era o homem mais rico do país e o banqueiro mais rico do mundo. Tinha dois irmãos, Moise, que morreu em 2014 e Edmond Safra, faleceu em 1999. Ambos também seguiram carreira no ramo bancário. Safra era casado com Vicky, com quem teve quatro filhos.
A veia para os negócio foi herdada pelo pai deles, o primeiro banco da família foi aberto, ainda na década de 1920, pelo pai Jacob, em Beirute, no Líbano. Jacob migrou com a família para o Brasil, em busca de um refúgio, e em 1955 criou o Banco Safra, com apenas sete funcionários.
Como ele construiu sua fortuna?
A família Safra sempre trabalhou no ramo de bancos, o pai Jacob Safra fundou o primeiro banco da família em 1920. Joseph trabalhou desde cedo no banco de seu pai, que veio a São Paulo para fundar o Banco Safra. Ao contrário do que poderia se pensar, Joseph era conservador nos investimentos e acumulou riqueza lentamente para anos mais tarde assumir o banco Safra no Brasil, que hoje é a 4ª maior instituição financeira privada do país. Uma frase famosa do banqueiro era “Se escolher navegar os mares do sistema bancário, construa seu banco como construiria seu barco: sólido para enfrentar, com segurança, qualquer tempestade”.
Quando abriu o banco em 1955, a família Safra trouxe ao Brasil técnicas já desenvolvidas em mercados financeiros mais desenvolvidos, como o do Oriente Médio, mas ainda estranhas ao mercado nacional. O que foi um diferencial positivo para os negócios. Com o sucesso de suas operações, os Safra passaram a comprar outras instituições financeiras. Em 1972, com a aquisição do Banco das Indústrias, o nome Banco Safra passou a ser oficialmente utilizado.
Em 2012 deixou a gestão do Banco Safra, passada para seus filhos Alberto, David e Jacob. Contudo, os irmãos se desentendiam em como tocar os negócios, por isso, em 2019, Alberto decidiu deixar o banco, levando outros dois executivos importantes.
Além deles, Joseph tinha uma filha: Esther, que foi a única da família a não ingressar no ramo bancário. Esther, que é casada com Carlos Dayan, do banco Daycoval, ela é diretora da escola judaica Beit Yaacov, que tem o patrocínio de seu pai.
Joseph também era dono de 50% da Chiquita Brands International, a maior fabricante de bananas do mundo, que comprou em 2014 em sociedade com o também bilionário brasileiro José Cutrale, além do icônico edifício The Gherkin de Londres.
Vida pessoal de Joseph Safra
Embora, tenha sido o homem mais rico do Brasil e se deslocava pela capital paulista de helicóptero, Joseph não era um homem de extravagancias ou ostentações. Sempre teve um perfil discreto e conservador nos negócios. Era chamado de seu Zé pelos amigos e seu José pelos funcionários. Além disso, o banqueiro se preocupava muito com sua segurança e de sua família, então se mantinha longe das câmeras e da mídia na medida do possível.
Joseph era também um filantropo, que fazia inúmeras doações, por exemplo, é um dos maiores doadores do hospital Albert Einstein e do Sírio-Libanês. Além disso, doou as esculturas de Rodin na Pinacoteca de São Paulo, assim como o manuscrito original da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, ao Museu de Israel em Jerusalém. Recentemente, também foram doados R$ 30 milhões para o combate à Covid-19.
Além disso, Joseph era um homem culto, sabia falar seis idiomas: inglês, francês, espanhol, italiano, hebraico e árabe. Também gostava de colecionar obras raras.
Onde Joseph Safra morava?
O banqueiro mais rico do mundo residia em uma mansão de 11 mil metros quadrados, com 130 cômodos, cinco andares e IPTU de R$ 1 milhão no bairro do Morumbi, em São Paulo. Apesar da segurança extremamente reforçada de sua casa, o banqueiro teria confessado a amigos que preferia ter erguido algo mais discreto que “não destoasse tanto da paisagem local”.