Reunião do Copom deve elevar taxa de juros pela primeira vez em 6 anos
Atualmente a Selic está em 2% ao ano. Amanhã (17), ao final do dia, após a segunda parte do encontro, será anunciada a decisão.
Começa hoje à tarde a segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para definir a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado é de que o colegiado retome o ciclo de elevações após 6 anos.
Atualmente a Selic está em 2% ao ano. Amanhã (17), ao final do dia, após a segunda parte do encontro, será anunciada a decisão.
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Reunião do Copom pode elevar taxa de juros a 2,5% ao ano
Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras, é de que a Selic deve subir de 2% ao ano para 2,5% ao ano. A última vez em que a Selic subiu foi em 2015, indo de 13,75%, em junho, para 14,25%, em julho, valor que manteve até agosto de 2016, quando a queda começou.
A expectativa de alta está no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2021, o mercado prevê que a taxa estará em 4,5% ao ano.
Atualmente, a Selic está no seu menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Ela também é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.