Quem são os donos das Lojas Americanas? Os nomes por trás da marca

Em apenas um dia, Lojas Americanas perderam bilhões em valor de mercado, amargando prejuízo de R$ 8,37 bilhões

O rombo das Lojas Americanas, inicialmente anunciado pela empresa no valor de R$ 20 bilhões e que, na realidade, podem chegar a R$ 40 bilhões, impactaram o valor de mercado da varejista. O número gerou imensa desvalorização do negócio e prejuízo financeiro bilionário aos donos da marca, indicando um futuro incerto para a companhia.

Quem é o dono das Lojas Americanas?

O grupo 3G Capital é o maior acionista da Americanas e é comandado por Carlos Alberto Sicupira, Marcel Herrmann Telles e o empresário Jorge Paulo Lemann, de 82 anos – o homem mais rico do Brasil, segundo a última atualização da lista de pessoas mais ricas do país, publicada pela Revista Forbes em dezembro do ano passado.

A 3G Capital também controla negócios como a empresa alimentícia Heinz e a rede de fast food Burger King. Antes do escândalo financeiro, Lemann tinha uma fortuna avaliada em R$ 72 bilhões.

Na última quinta-feira (12) a varejista chegou a atingir queda de 77% nas ações, perdendo o equivalente a R$ 8,4 bilhões em valor de mercado. Por consequência, o empresário perdeu aproximadamente US$ 329 milhões, o equivalente a R$ 1,68 bilhão de sua fortuna, segundo o G1. Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira figuram no segundo e terceiro lugar da lista dos bilionários brasileiros.

Quanto dinheiro a Lojas Americanas perdeu?

Na quinta-feira da semana passada, dia 12 de janeiro, as ações da Americanas despencaram 77,33% na bolsa de valores. Já em valor de mercado a empresa perdeu R$ 8,37 bilhões, segundo o G1.

Até a última segunda-feira, dia 15 de janeiro, a empresa valia R$ 1,75 bilhão contra os mais de R$ 66 bilhões que ela chegou a valer durante uma supervalorização de empresas varejistas na bolsa de valores ocorrida em 2020, de acordo com levantamento de Einar Rivero, da TradeMap, a pedido do G1.

No dia 11 de janeiro, antes do primeiro anúncio de rombo no valor de R$ 20 bilhões, a Lojas Americanas valia cerca de R$ 10,82 bilhões.

A quinta-feira trágica fez com que Lemann, Sicupira e Telles perdesse juntos US$ 600 milhões, o que equivale a R$ 3,24 bilhões. Lemann perdeu mais e encerrou o dia com menos US$ 291 milhões (R$ 1,48 bilhão) “no bolso”. Já Sicupira perdeu US$ 186 milhões (R$ 948 milhões) e, Marcel Telles, US$ 148 milhões (R$ 754,8 milhões).
As perdas foram expressivas, mas não acabam colocando em risco o capital dos empresários, nem do grupo 3G, já que controla considerável quantidade de outros negócios.

O que aconteceu com as Lojas Americanas?

Uma operação conhecida como “risco sacado” foi o que gerou o problema financeiro nas lojas Americanas, já que é uma linha de crédito que envolve não só a empresa com instituições financeiras, mas também os fornecedores.

Em teoria, as Americanas estabeleceram uma espécie de acordo para que uma instituição financeira realizasse o pagamento de fornecedores por ela. Ou seja, é como se a dívida da empresa para com seus fornecedores acabasse transferida às financeiras.

No entanto, as informações levantadas até agora apontam que essas operações não foram devidamente registradas nos balanços contábeis, gerando dúvidas sobre a confiabilidade da empresa e o quanto ela está de fato endividada com instituições financeiras. Até o momento, a dívida – como anunciado pela própria Lojas Americanas – pode chegar a R$ 40 bilhões.

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