Qual a taxa Selic hoje? Veja como consultar em 2023
Primeira reunião de 2023 para tratar sobre a taxa Selic será realizada no final de janeiro, com o Copom (Comitê de Política Monetária)
A taxa Selic, a também chamada taxa básica de juros, é uma referência econômica que ajuda a controlar a inflação do Brasil. De forma geral, é uma espécie de indicador da realidade econômica nacional. Ainda não se sabe como o índice ficará em 2023, mas é possível acompanhar as mudanças na Selic diretamente no Banco Central, que comanda a questão.
A cada 45 dias o Copom (Comitê de Política Monetária), ligado ao Banco Central, se reúne para estipular a taxa com base em vários indicadores financeiros. Assim, ela pode permanecer sem mudança, como também pode subir ou descer alguns pontos percentuais.
As mudanças são mais recorrentes quando a economia não está estável, por isso, o Copom altera a taxa Selic para funcionar como um índice de referência e ajudar na obtenção de um equilíbrio econômico.
Qual é a taxa Selic hoje?
Para acompanhar a variação da taxa Selic, basta acessar o site do Banco Central: www.bcb.gov.br. No portal é possível conferir diversos dados divulgados e atualizados diariamente pela instituição financeira, entre eles, conferir o percentual atualizado de inflação, preço de moedas internacionais, como Dólar e Euro, além de, claro, o patamar da Selic.
Atualmente a taxa está em 13,75% ao ano, valor definido no dia 7 de dezembro de 2022 e que já estava sendo praticado na economia brasileira.
A próxima reunião do Copom, que irá definir como ficará a taxa neste começo de 2023, será nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Os membros da comissão se reunirão pela primeira no ano.
Calendário de reuniões do Copom em 2023
As atas do encontro serão publicadas às 8h da terça-feira seguinte às reuniões do comitê. De acordo com o Banco Central, neste ano os membros do comitê se reunirão nos seguintes dias:
- 31 de janeiro e 1º de fevereiro
- 21 e 22 de março
- 2 e 3 de maio
- 20 e 21 de junho
- 1º e 2 de agosto
- 19 e 20 de setembro
- 31 de outubro e 1º de novembro
- 12 e 13 de dezembro
O que acontece quando a taxa Selic cai?
Ao baixar a Selic, o Banco Central tem o objetivo de estimular o consumo e movimentar a economia brasileira, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta. Já quando a taxa é aumentada, entende-se que o Banco Central tem o objetivo de desacelerar a economia e, assim, impedir que a inflação fique muito alta.
Esse índice foi criado em 1979 quando a economia do Brasil passava por uma hiperinflação. Assim, a taxa foi estipulada como ferramenta de controle da inflação. Por isso, se a Selic diminui, consequentemente o brasileiro tem acesso a crédito um pouco mais barato porque os bancos seguem a tendência e também baixam as taxas de juros. No entanto, a inflação tende a subir, deixando muitos produtos e serviços mais caros.
Já quando a taxa aumenta, a tendência é que os preços caiam ou ao menos fiquem estáveis, já que a inflação passa a estar controlada. Por outro lado, os juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos.
Outra consequência é que mudanças na Selic também vão influenciar no retorno, ou seja, na rentabilidade de vários investimentos, já que eles também são baseados nos juros. Entre esses estão os títulos do Tesouro Direto, a caderneta de poupança e os investimentos de Renda Fixa.
Objetivo da taxa Selic
Outro mecanismo importante para entender a importância da taxa Selic é a meta de inflação. Quando a inflação nacional fica dentro de uma faixa estipulada pelo governo, que atualmente é de 2,5% a 5,5%, significa que o país cumpriu a meta. Mas, para isso acontecer, é preciso influenciar a quantidade de dinheiro que circula na economia.
Uma análise do InfoMoney explica a lógica: “quanto mais recursos estiverem disponíveis, maior a tendência das pessoas consumirem. E quando elas aumentam a demanda por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também é verdadeiro.” É por isso que o Banco Central usa a Selic para controlar o volume de dinheiro em circulação.
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