Puxada pelo pelo óleo e arroz, Inflação em setembro é a maior para o mês desde 2003
Alta ocorreu principalmente por causa do consumo de alimentos dentro de casa, sobretudo os básicos, segundo pesquisa de inflação do IBGE
Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados hoje, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que os alimentos ficaram mais caros, ou seja, houve inflação em setembro.
De acordo com a pesquisa, o grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% em setembro, e foi o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%.
A alta dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%.
Inflação em setembro: qual o motivo da alta?
A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%.
Itens básicos do uso diário na casa dos brasileiros ficaram entre os produtos com maiores aumentos de preço. Veja alguns deles:
- Óleo de soja (27,54%)
- Arroz (17,98%)
- Tomate (11,72%)
- Leite longa vida (6,01%)
- Carnes (4,53%)
O pesquisador do IBGE, Pedro Kislanov, conta que o câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços.
Ainda segundo o pesquisador, outro fator é a demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial, tem ajudado a manter os preços num patamar elevado.
“No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, acrescentou Kislanov.
Além dos alimentos
Outros grupos de despesas trouxeram com impacto importante na inflação, muito além dos alimentos. Confira os setores e produtos na lista abaixo:
Grupo de transportes (0,7%)
- Gasolina (1,95%)
- Óleo diesel (2,47%)
- Etanol (2,21%)
- Passagens aéreas (6,39%)
Grupo de artigos de residência (1%)
- Habitação (0,37%)
- Vestuário (0,37%)
- Comunicação (0,15%)
- Despesas pessoais (0,09%)
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Por outro lado, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve queda de preços de 0,64%. Isso deve-se, principalmente, devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%. (com informações da Agência Brasil)