PIB cresce 1,2% no 1º trimestre de 2021, puxado pelo agronegócio

Resultado leva a economia ao patamar pré-pandemia, mas em 12 meses registra queda de 3,8%

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao quarto trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal, somando R$ 2,048 trilhões, informou, nesta terça-feira, 1º de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o resultado ficou no mesmo patamar do quarto trimestre de 2019, o período pré-pandemia, mas “ainda 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país alcançado no primeiro trimestre de 2014”, diz Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Comparado ao primeiro trimestre de 2020, a economia cresceu 1,0%, mas em 12 meses recuou 3,8%.

Segundo o IBGE, o 1,2% de crescimento é o terceiro resultado positivo após a economia registrar queda de 2,2% no primeiro trimestre de 2020 e de 9,2%, no segundo trimestre do mesmo ano, levando o PIB a uma retração de 4,1%, afetada pela pandemia.

Segundo  Rebeca Palis, o PIB avançou “mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, já que, diferentemente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”.

Agronegócio puxou avanço PIB no 1º trimestre

O setor agropecuário puxou o avanço com crescimento de 5,7%, com a melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, segundo o IBGE, em especial da soja e com a previsão safra recorde em 2021.

Com menor expansão, a indústria cresceu 0,7% no primeiro trimestre, beneficiada especialmente pelas indústrias extrativas, com alta de 3,2%.  O segmento da construção avançou 2,1% nos primeiros três meses do ano, enquanto as indústrias de transformação tiveram desempenho negativo de 0,5%.

Em maio, o Ministério da Economia elevou de 3,2% para 3,5% a projeção para o crescimento do PIB em 2021, devendo encerrar o ano em R$ 8,42 trilhões, segundo dados de maio do boletim Macrofiscal do ministério divulgado pela Secretaria de Política Econômica. A nova estimativa levou em conta o cenário de crise sanitária, segundo o Ministério da Economia,  por que o país passa mesmo com a exigência da continuidade do isolamento social e restrições de mobilidade e com a menor atividade econômica de alguns setores.

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